Desvio da Linha do Norte em Santarém voltou à reunião de câmara
Vereadora do Chega considera que a Câmara de Santarém não deve desistir de reivindicar a variante ferroviária à cidade e defende posição mais assertiva por parte do município.
O desvio da linha do Norte em Santarém, com a construção de uma variante ferroviária que em tempos esteve planeada, é um projecto estruturante para o concelho que o município deve continuar a reivindicar. Essa é a posição da vereadora do Chega na Câmara de Santarém, Manuela Estêvão, que lamenta que essa intervenção tenha desaparecido do mapa de investimentos do Estado depois de ter sido prometido pelo então ministro das Obras Públicas Mário Lino, em 2008, quando José Sócrates era primeiro-ministro. “É preciso força e peso político para que as coisas aconteçam”, vinco.
Manuela Estêvão recordou que o anterior presidente da câmara, Ricardo Gonçalves (PSD), defendeu várias vezes publicamente a “necessidade imperiosa” da variante ferroviária para Santarém, acrescentando que as anunciadas obras de supressão de passagens de nível no concelho indiciam que o traçado da Linha do Norte em Santarém não será para mudar tão cedo. “A conclusão óbvia é que o PS criou e matou o projecto e o PSD fez-lhe o funeral. E quem fica mais uma vez a perder é Santarém e os escalabitanos”, afirmou a vereadora do Chega, recordando que o concelho ficou também fora da rota da futura linha de alta velocidade.
Em resposta, o presidente da Câmara de Santarém, João Leite (PSD), referiu que o PSD nada teve a ver com a retirada do projecto do Plano Nacional de Investimentos 2030, já que isso aconteceu durante a vigência do anterior Governo socialista. O autarca disse que tem mantido contactos com o Governo para tentar resolver algumas situações, como a supressão das passagens de nível no concelho e modernização da Linha do Norte, reconhecendo que a região não tem conseguido, nos últimos anos, captar investimento público.