Orçamento para videovigilância em Tomar disparou para o triplo
Oposição questionou o presidente da Câmara de Tomar sobre o aumento no investimento com as câmaras de videovigilância. Hugo Cristóvão justificou o aumento de 150 mil para 500 mil euros com exigências técnicas por parte da PSP.
A instalação de câmaras de videovigilância continua a dar que falar em Tomar. Na última reunião do executivo municipal, o vereador Tiago Carrão (PSD) mostrou surpresa em relação ao valor de 500 mil euros, apontado na última Assembleia Municipal de Tomar, como o previsto para o custo da instalação das câmaras. O presidente da câmara, Hugo Cristóvão (PS), explicou que o valor inicialmente previsto disparou após reuniões com a PSP, devido a questões de segurança e apontou ainda algumas zonas da cidade como prioritárias para a instalação das câmaras.
Tiago Carrão recordou que, na assembleia municipal de Junho, o presidente da câmara tinha referido que o valor previsto era de 150 mil euros. “De 150 para 500 mil vai uma diferença muito grande”, disse. O vereador do PSD mencionou ainda que no orçamento municipal, relativamente à videovigilância, aparecem alocados 25 mil euros para 2025 e 25 mil euros para os anos seguintes. “De 25 mil euros em 25 mil euros, se o total fossem 500 mil euros, tínhamos a videovigilância completa daqui a 20 anos”, referiu. Aproveitou ainda para comparar a situação de Tomar com a de outros concelhos, como Ourém ou Santarém, onde a instalação de videovigilância foi efectuada por valores muito mais baixos. “Não percebo então porque é que em Tomar estamos a falar de 500 mil euros”, frisou.
Na resposta, Hugo Cristóvão (PS) explicou que os primeiros estudos apontavam para um investimento de 150 mil euros, valor que aumentou após avaliação com os serviços da PSP, devido a requisitos técnicos dos equipamentos a serem instalados, nomeadamente de marcas específicas que são exigidas para que o processo seja licenciado e até homologado pela Comissão Nacional de Protecção de Dados. “Tanto na questão da tipologia dos equipamentos, quer com aquilo que foi o parecer da PSP sobre os locais para instalar as câmaras, o orçamento previsto inicial de facto disparou para muito mais do que o tal meio milhão de euros”, revelou o presidente da câmara.
Hugo Cristóvão disse que comunicou à PSP que com valores tão elevados era impossível avançar com o processo, tendo, depois disso, começado uma nova fase em que se tentou reduzir os custos até se chegar ao valor de meio milhão de euros. O autarca socialista esclareceu que a instalação das câmaras vai ser efectuada de forma faseada, começando pelo centro histórico da cidade, e que o plano de instalação das primeiras câmaras deverá ficar definido durante o mês de Janeiro. “Das dezenas de câmaras que estão previstas vamos definir um plano mais pequeno para começar, à partida a instalação inicial será mais centrada no centro histórico, nomeadamente a Praça da República, Rua Serpa Pinto e Ponte Velha”, concluiu Hugo Cristóvão.