Presidente do Sardoal diz que é preciso investir mais na Cultura no concelho
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Miguel Borges afirma que a área da cultura deve estar ao mesmo nível das outras áreas e que é preciso contratar profissionais de qualidade.
O executivo do Sardoal aprovou o concurso para um lugar de técnico superior de gestão cultural no município, tendo a medida suscitado discussão sobre os encargos e importância que as actividades culturais têm no município. O presidente da autarquia, Miguel Borges (PSD), considera que deve continuar-se a investir na aérea pois esta dá uma maior visibilidade ao concelho. O autarca afirma que de momento o município não tem um técnico da área da gestão cultural e que se o município quer manter a dinâmica cultural que tem é necessário contratar mais profissionais. “Nós temos responsabilidade em manter um bom nível de qualidade no que diz respeito às nossas actividades culturais e para além disso a aposta nesta aérea tem dado visibilidade ao nosso concelho, uma atractividade cultural e económica”, salienta.
O vereador na oposição, Pedro Duque (PS) votou contra neste ponto da Ordem de Trabalhos (contratação de um novo técnico de gestão cultural) com a justificação de que o município tem meios suficientes para desempenhar esta função, sendo isto “mais um encargo desnecessário”. “Às vezes temos dificuldade em discutir a aprovação de um empréstimo na ordem de um milhão de euros e o encargo de um funcionário de técnico superior, durante toda uma vida de trabalho, acaba por ser praticamente um milhão de euros. Ou seja, são valores importantes que têm um impacto crucial na gestão do mês financeiro, e, na minha opinião, temos meios suficientes para esta aérea”, disse o vereador.
Miguel Borges reforçou a sua posição e respondeu às preocupações de Pedro Duque informando que o cargo em questão tem estado a ser desenvolvido por um contrato de outsourcing e de momento o município “deseja acabar com o outsourcing”. Ou seja, na realidade será uma substituição e não um encargo extra no quadro de funcionários camarários. O edil lamentou ainda que, quando se fala na cultura, pareça que se está a falar de “uma coisa de segundo grau”. “Se estivéssemos a falar de um engenheiro ambiental, de um engenheiro civil, de um arquitecto, de um jurista, se calhar o problema não era tão grande. A cultura não pode ser desprezada e tem que ser encarada como uma prioridade” afirma o autarca.
A medida para abertura de um concurso para um lugar de técnico superior de gestão cultural no município foi aprovada com três votos a favor, um voto contra e uma abstenção.