Política | 24-02-2025 16:49

Presidente do PS de Alpiarça demite-se e evidencia conflito entre família Rosa do Céu e presidente da câmara

Presidente do PS de Alpiarça demite-se e evidencia conflito entre família Rosa do Céu e presidente da câmara
Sónia Sanfona com Joaquim Rosa do Céu que foi seu mandatário

A demissão de João Rosa do Céu é mais um episódio num conflito entre a sua família, envolvendo o pai, presidente da Fundação José Relvas, e a sua irmã, que renunciou ao cargo de vice-presidente da câmara, com a presidente do município, Sónia Sanfona.

O presidente da concelhia do PS de Alpiarça demitiu-se e neste momento a estrutura partidária está sem actividade. A demissão de João Pedro Rosa do Céu acontece depois de o presidente da distrital socialista, Hugo Costa, ter enviado uma circular a todas as concelhias a determinar que todos os presidentes de câmara do partido que não tenham atingido o limite de mandatos devem ser os candidatos às próximas eleições autárquicas.
Neste momento a concelhia está sob alçada de Hugo Costa, que confirmou a demissão a O MIRANTE e que elucidou que em breve a questão será resolvida, seja com a criação de uma comissão administrativa, seja com eleições intercalares para a liderança do partido em Alpiarça.
A demissão evidencia que João Pedro do Céu não estava alinhado com a estratégia, que tem cobertura da direcção nacional, e que não tinha a intenção de aceitar a recandidatura de Sónia Sanfona, com quem a sua irmã, Margarida do Céu, se incompatibilizou. Recorde-se que Margarida, que tinha ido na lista da presidente em segundo lugar renunciou a todos os pelouros e ao cargo de vice-presidente da câmara em Setembro.
O corte de relações surgiu numa sequência de mau ambiente entre as duas autarcas que inclusivamente já praticamente não se falavam na autarquia e coincidiu também com um período em que Joaquim Rosa do Céu, que foi mandatário da candidatura de Sanfona e é pai de João Pedro e Margarida, estava a entrar em divergências com a presidente da câmara.
Um dos motivos da discórdia terá sido o facto de Sónia Sanfona não ter gostado que Joaquim Rosa do Céu se estivesse a posicionar para liderar, enquanto presidente da Fundação José Relvas, a aplicação do dinheiro da venda de um prédio em Lisboa.
Recorde-se que a ebulição em que tem estado a relação de Sónia Sanfona com a família Rosa do Céu agravou-se quando esta decidiu retirar o presidente da Fundação José Relvas do processo de aquisição de seis apartamentos em Santarém, para integrarem o legado de Manuel Nunes Ferreira.
A aquisição destas habitações, com outros cinco fogos em Almeirim, resultam da aplicação da venda de um prédio do legado na Avenida de Berna, em Lisboa, que estava com problemas de manutenção, visando garantir o espírito do testamento do benemérito de entregar as receitas à assistência aos pobres, sendo as verbas entregues à fundação.
Na vila já se falava que a família Rosa do Céu estava a movimentar-se para tentar que Sónia Sanfona fosse afastada do processo de escolha de candidatos à câmara. O que para o PS poderia significar o suicídio político.

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