Oito anos depois município da Chamusca vai apoiar obras na sede da Banda da Carregueira

Eleitos na Assembleia Municipal da Chamusca aprovaram por unanimidade a atribuição de um apoio de 200 mil euros para obras de requalificação na sede da Banda da Carregueira, que está encerrada há anos. Dirigentes e executivo socialista chegaram a um consenso depois de muitos anos em negociações.
A Banda Filarmónica Carregueirense “Victória” vai finalmente deixar de andar com a “casa às costas” depois de anos com a sede encerrada devido a graves problemas infraestruturais que colocam em perigo quem frequenta o espaço. Os eleitos na Assembleia Municipal da Chamusca aprovaram por unanimidade a atribuição de um apoio de 200 mil euros (repartidos por dois anos) para que a direcção daquela que é uma das mais dinâmicas colectividades do concelho possa desenvolver trabalho em prol da comunidade. Este é um assunto com “barbas”, uma vez que há cerca de uma década que a direcção da associação pede ajuda à autarquia para resolver os problemas.
“Este é um assunto muito conversado nesta assembleia municipal. Uma história que começou em 2017, quando começou a chover com mais intensidade na sede. Na altura fizemos vistoria e percebemos que havia muitas infiltrações. Aconselhou-se que a utilização fosse feita de forma condicionada. Na altura foi pedido um apoio de 100 mil euros. Pedimos para fazer um projecto porque não podíamos apoiar uma obra daquela envergadura sem projecto. Com o projecto o valor passou para mais de 200 mil euros e com a revisão de preços passou para mais de 300 mil euros”, explicou o presidente da Câmara da Chamusca na sessão. Paulo Queimado disse ainda que o processo “demorou muito tempo” e que vai ser realizado sem financiamento, com a ajuda também da junta de freguesia, de patrocínios e de fundos próprios da Carregueirense “Victória”.
Recorde-se que, também numa assembleia municipal (em 2023), o ex-presidente da associação, Hélder Silva, foi pedir satisfações para o facto do município continuar a ignorar os problemas da associação, que não tem instalações próprias nem condições para continuar a desenvolver trabalho junto da comunidade, andando literalmente com a casa às costas. Entretanto Eduarda Caetano assumiu a liderança da colectividade e aparentemente os problemas da associação vão ficar resolvidos e as dezenas de alunos e elementos que a compõem vão poder finalmente voltar a tocar num espaço condigno.