João Arsénio abandona Chega em Alenquer e acusa partido de “favorecimentos e perseguições”
O ex-eleito do Chega na Assembleia Municipal de Alenquer passou a independente. João Arsénio critica a falta de apoio e alegou existir favorecimentos e desrespeito dentro do partido.
O Chega deixou de estar representado na Assembleia Municipal de Alenquer uma vez que os dois eleitos passaram à condição de independentes. Na última reunião da assembleia municipal, João Arsénio deixou criticas ao partido e anunciou que vai continuar a trabalhar para os munícipes enquanto eleito independente.
“Nunca procurei os holofotes nem sofri de cegueira ideológica. Prova disso foi a minha primeira reunião informal com a então concelhia do Chega em Alenquer onde lhes disse que sou a favor do aborto, da eutanásia e do casamento entre pessoas do mesmo sexo, e, em situação alguma, colocarei os ideais do partido à frente dos meus (…) Entrei para os quadros do partido, mas cedo percebi que não correspondia ao que acreditava”, disse na assembleia.
João Arsénio afirma que os problemas internos não são recentes e começaram com a falta de apoio aos eleitos. “O que vi dentro do partido foi exactamente o oposto: favorecimentos, perseguições internas e desrespeito total por quem realmente se dedicava. Agora, com os escândalos que envolvem altos responsáveis do partido – alguns dos quais estiveram directamente envolvidos nos ataques contra mim, como é o caso do ex-vice-presidente da distrital, Nuno Pardal – fica evidente que, no Chega, não importa quem trabalha e quem se esforça. O que importa é quem está do lado certo das alianças internas”, vincou.
O eleito rematou a intervenção garantindo que abandona o partido mas não o município de Alenquer e que por isso vai trabalhar nos próximos sete meses como no primeiro dia. A eleita Filipa Oliveira Mateus também deixou o Chega e passou à condição de independente até ao final do mandato.