Piscinas da Chamusca sem financiamento e com obra muito atrasada

Ainda não será este Verão que a população do concelho da Chamusca poderá usufruir do complexo das piscinas municipais, encerrado há mais de cinco anos. Continua a existir dificuldades na aquisição de materiais e ainda não há financiamento garantido.
As obras de requalificação do Complexo das Piscinas Municipais da Chamusca, que obrigaram ao encerramento do espaço em 2019, voltaram a ser assunto na última reunião de câmara, que se realizou na terça-feira, 1 de Abril. O presidente do município, Paulo Queimado (PS), referiu que continua a existir algumas dificuldades no fornecimento de alguns materiais, nomeadamente para forrar o tecto. “Vamos ver se o projectista encontra uma solução alternativa”, disse. O autarca adiantou ainda que estão a ser preparadas candidaturas para obter financiamento para a empreitada, que prevê um investimento de cerca de três milhões de euros.
Recorde-se que no final do ano passado (2024), as constantes paragens na obra das piscinas foram assunto em várias reuniões de autarcas. Na altura, Paulo Queimado disse que enviou uma proposta para a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Alentejo e Ribatejo com vista a obter financiamento para uma parte da obra da piscina municipal. Se o financiamento for conseguido poderá não ser necessário recorrer a créditos bancários, adiantou. O presidente da câmara concluiu a sua intervenção afirmando que está a fazer conta de que a obra das piscinas cumpra o prazo de execução, previsto para o final de Março deste ano, data que já não pode ser cumprida.
Numa assembleia municipal falou-se sobre a eventualidade de se estabelecer protocolos com municípios vizinhos para a população poder usufruir de um espaço aquático. Sobre a realização de protocolos com municípios vizinhos, Paulo Queimado apenas referiu que as crianças e jovens têm actividades de Verão no âmbito dos campos de férias das juntas de freguesia do concelho. O complexo das piscinas municipais encerrou em Setembro de 2019. As críticas à demora da conclusão desta empreitada têm gerado debate nas reuniões de Câmara e de Assembleia Municipal da Chamusca com os autarcas a afirmarem, por várias vezes, que é um dos piores exemplos da gestão autárquica da maioria socialista desde que assumiu os destinos do município, em 2013.
Arquivo municipal também sem financiamento
A construção do novo arquivo histórico e municipal da Chamusca, que ainda decorre, também ainda não obteve financiamento. Na última sessão camarária, Paulo Queimado adiantou que também vai ser submetida uma candidatura para obter financiamento para a empreitada, que vai custar perto de dois milhões de euros. Caso isso não aconteça, a obra, que terá levado a Polícia Judiciária ao edifício da câmara para recolher informações, vai ser paga na totalidade pela autarquia.