Entroncamento aprova revisão do PDM 25 anos depois com críticas da oposição

Câmara do Entroncamento aprovou em reunião extraordinária o novo Plano Director Municipal, em revisão desde 2001. Oposição diz que documento não reflecte algumas medidas importantes e diz que só aprovou pela importância que tem para o concelho.
O executivo da Câmara Municipal do Entroncamento aprovou por unanimidade a nova proposta do Plano Director Municipal (PDM), na reunião camarária extraordinária realizada no dia 25 de Março. O documento estava em fase de revisão desde 2001, afirmando os autarcas que o processo se arrastou devido a burocracias e pareceres de um conjunto alargado de entidades. O novo PDM foi levado à assembleia municipal, no dia 31 de Março, onde foi também aprovado por unanimidade.
A presidente da câmara, Ilda Joaquim, demonstrou o “alívio” por ter o documento finalizado, afirmando que o processo de revisão tem se arrastado devido a vários impasses que implicaram a revisão de diversos documentos e a realização de novos estudos. A autarca salientou que durante os últimos seis anos a câmara tem estado em conversações com a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e a Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo, para a definição da reserva ecológica, o que atrasou consideravelmente o processo. “Já disse isto muitas vezes, mas parece uma anedota que o PDM do Entroncamento tenha ficado empatado desde 2018 por causa da REN (Reserva Ecológica Nacional), dado que este é um concelho urbano e não focado na agricultura e outras vertentes que justificassem estes impasses”, acrescentou.
O vereador Rui Claudino (PSD) criticou o executivo pelo facto de várias propostas do partido não terem sido aceites para análise e salienta que pretende procurar uma nova revisão do documento assim que seja legalmente possível. “Aprovámos o PDM porque é um documento importante para o concelho, mas reafirmo que este não é o PDM que queremos e defendemos para a cidade. O plano que defendemos traduzirá em todas as suas dimensões uma cidade moderna, inclusiva e sobretudo sustentável”, refere.