Contratação pública na Câmara de Abrantes motiva críticas e elogios
A avaliação da execução do Plano de Prevenção de Riscos da Câmara de Abrantes reforçou as críticas do vereador do Movimento ALTERNATIVAcom no que diz respeito ao cumprimento das regras nos contratos públicos. Gestão socialista
O relatório de avaliação da execução do Plano de Prevenção de Riscos (PPR) de 2024 foi aprovado na reunião da Câmara Municipal de Abrantes. O vice-presidente João Gomes (PS) destacou o esforço das unidades orgânicas e a elevada taxa de cumprimento das medidas, enquanto Vasco Damas, do Movimento ALTERNATIVACom, apesar de ter votado a favor, voltou a criticar a gestão das contratações públicas.
Durante a apresentação do relatório, o vice-presidente sublinhou que o grau de implementação das medidas do PPR atingiu os 98%, em resultado de um “esforço colectivo de todas as unidades orgânicas”, mesmo com constrangimentos como a ausência de regulamentação específica ou a falta de recursos humanos. João Gomes destacou ainda a aposta na formação dos trabalhadores em 2024 como uma mais-valia para o reforço do controlo interno e a prevenção da corrupção.
Apesar de votar favoravelmente, Vasco Damas fez uma declaração de voto onde referiu que determinados pontos do relatório “confirmam as dúvidas e reservas” que o movimento ALTERNATIVAcom tem vindo a manifestar desde 2023 quanto ao rigor nos processos de contratação pública. Na sua declaração de voto, o vereador apontou para falhas persistentes na fundamentação de procedimentos, como a escolha de entidades em ajustes directos e a definição dos preços base. “Este relatório contradiz declarações anteriores do senhor presidente, nas quais assegurava o rigor das contratações públicas. E nós nunca pusemos em causa esse rigor, a única coisa que fomos fazendo foi pedir diferentes procedimentos e formas de actuação, para não haver os constrangimentos que este relatório agora menciona”, afirmou.
Vasco Damas acrescentou ainda que o seu movimento continua a aguardar esclarecimentos sobre inconformidades detectadas no relatório do PPR de 2023, também em “constrangimentos no risco não cumprimento” das regras do Código dos Contratos Públicos.