Política | 01-05-2025 10:00

Miguel Borges diz que democracia está em risco por falta de líderes

Miguel Borges diz que democracia está em risco por falta de líderes
Miguel Borges

Sardoal celebrou o 25 de Abril com apelo à união contra o populismo. O programa contou com diversas iniciativas culturais e desportivas e com uma assembleia municipal extraordinária dedicada à data. Na sessão, os autarcas apelaram à defesa da democracia, alertando contra o populismo e os “falsos políticos”.

O concelho do Sardoal assinalou os 51 anos da Revolução dos Cravos com várias iniciativas ao longo do dia, que começaram de manhã com o hastear das bandeiras e as Corridas da Liberdade na Praça da República. À tarde, teve lugar o XIX Torneio Interconcelhio de Escolinhas de Futebol, terminando as comemorações com uma sessão extraordinária da assembleia municipal, dedicada inteiramente à data.
Na sessão ouviram-se discursos de vários autarcas, desde o deputado Fernando Vasco (PS) ao presidente da Junta de Freguesia do Sardoal, Miguel Alves (PS), tendo sido todos marcados pelo alerta para os perigos crescentes da demagogia e do populismo em Portugal e no mundo. Houve quem também criticasse outros temas polémicos da actualidade, com o vereador Pedro Duque (PS) a mencionar a decisão do Governo em adiar as comemorações do 25 de Abril, acusando o Governo de “desvalorizar” a celebração da data “mais importante e feliz” da democracia portuguesa.
O presidente da Câmara de Sardoal, Miguel Borges (PSD), destacou a importância de resgatar a “nobreza da actividade política” e de resistir à “tentação fácil” dos discursos populistas. No seu último 25 de Abril enquanto presidente, Miguel Borges apelou ao compromisso que todos devem ter com os valores de Abril, afirmando que é importante transmitir os valores da liberdade e democracia, mesmo quando há diferenças ideológicas. “A democracia está em risco, precisamente por falta de grandes líderes. A nós compete-nos ser bons líderes, no respeito pela liberdade e pelo outro político. Temos que ser melhores e não podemos dar espaço àqueles que têm outras intenções”, destaca.
Num tom mais pessoal, Miguel Borges reflectiu também sobre a sua trajectória política de 16 anos e o orgulho de poder colaborar com adversários políticos de forma respeitosa, destacando a rivalidade política que teve com o socialista Fernando Vasco, do qual se despede carinhosamente. “Democraticamente, acho que não há nada a apontar a qualquer um de nós. E o melhor exemplo disso e a prova de que ser político é uma profissão boa e nobre, foi o abraço caloroso que dei hoje a Fernando Vasco, que há 16 anos é meu rival político e com o qual tive muitas lutas políticas, mas saudáveis e sempre com respeito mútuo”, afirma.

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