Política | 05-05-2025 20:40

Vereadora do Chega em Santarém considera um insulto dizer-se que o partido é “um verbo de encher”

Vereadora do Chega em Santarém considera um insulto dizer-se que o partido é “um verbo de encher”

Manuela Estêvão reagiu cinco dias depois às críticas de que ela e o Chega foram alvo na última Assembleia Municipal de Santarém. O presidente da câmara, João Leite (PSD), foi o visado e explicou o contexto da frase que tanto irritou a vereadora da oposição.

A vereadora do Chega na Câmara de Santarém reagiu na reunião do executivo de segunda-feira, 5 de Maio, às acusações de que o partido e ela própria foram alvos na sessão da assembleia municipal de 30 de Abril, quando se debateu a proposta de Plano de Prevenção de Riscos de Corrupção e Infrações Conexas do município, contra a qual o Chega votou. Manuela Estêvão colocou sob mira o presidente da câmara, João Leite (PSD), considerando “muito desagradável” a frase que este proferiu na assembleia municipal, quando classificou o Chega como “um verbo de encher”.

A autarca do Chega afirmou que esse tipo de afirmações pode infringir a lei, declarou que João Leite por vezes julga-se “dono da verdade absoluta” e considerou que “é uma vergonha” como o presidente “destrata a vereadora da oposição”, acusando-o de insultar uma força partidária e de “extravasar as suas competências”. Disse ainda que se tratou de “uma falta de respeito” ao Chega e a todos os que o representam e nele votaram.

Entre outras considerações, Manuela Estêvão sublinhou que sempre se pautou por uma postura institucional e construtiva nas reuniões de câmara, sentindo haver reciprocidade por parte dos restantes eleitos, com excepção do presidente da câmara, que foi o seu alvo na sessão. A eleita do Chega deixou ainda uma garantia: “não me deixo intimidar e nada me silenciará, sempre na defesa dos escalabitanos”.

Na resposta, João Leite confessou ter ficado “admirado” por a vereadora tecer considerações sobre juízos de valor e adjectivações, quando é frequente ver o Chega a adjectivar um conjunto grande de pessoas e a própria vereadora a adjectivá-lo a ele nas redes sociais. Acusando Manuela Estêvão de lhe querer colar uma narrativa de má educação, que refuta peremptoriamente, João Leite explicou o que quis dizer na assembleia municipal. Considerou que o Chega ao não querer participar na elaboração do plano anti-corrupção, ao não apresentar propostas quando teve muito tempo para o fazer, caiu num vazio “e quando isso acontece é um verbo de encher”.

Como já noticiámos, a posição do Chega contra o Plano de Prevenção de Riscos de Corrupção e Infrações Conexas da Câmara de Santarém, aprovado por larga maioria na assembleia municipal, motivou fortes críticas ao partido, sobretudo do CDS e do PSD, que acusaram o Chega de demagogia e hipocrisia. O Chega, que não apresentou qualquer contributo para o documento, alega que o mesmo é um paliativo que nada vai resolver.

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