Política | 08-05-2025 07:00

Oposição em Alcanena critica entrega tardia de documentos por parte do executivo municipal

Oposição em Alcanena critica entrega tardia de documentos por parte do executivo municipal
Eleitos do PS em Alcanena dizem que entrega tardia dos documentos dificulta o trabalho

Na Assembleia Municipal de Alcanena a tensão aumentou na discussão do relatório de contas do município, com vários deputados da oposição a criticarem a entrega tardia deste e de outros documentos, que alegadamente têm sido entregues com poucos dias de antecedência o que dificulta a sua análise.

A entrega do Relatório de Contas de 2024 de Alcanena gerou uma acesa discussão na última assembleia municipal, com críticas da oposição dirigidas à ausência de comissões e à falta de condições para análise prévia dos documentos. A maioria dos intervenientes apontou responsabilidades ao actual executivo liderado por Rui Anastácio. A deputada Carla Batista (PS) começou o debate com elogios à clareza da apresentação do revisor oficial de contas, Sérgio Gomes, mas lamentou que, ao longo do mandato, a assembleia não tenha conseguido criar comissões que permitissem um verdadeiro escrutínio deste e de outros documentos. “Receber um documento tão denso dois ou três dias antes é insuficiente. Eu, que sou contabilista certificada, tenho dificuldade. Imagino os colegas que não são da área”, criticou. A presidente da assembleia, Tereza Sampainho, reconheceu os problemas e atrasos e fez um apelo para que em futuros mandatos os deputados se empenhem e exponham mais as suas críticas na reformulação do funcionamento da Assembleia.
O deputado Silvestre Pereira (PS) também apontou falhas na metodologia e organização do processo de entrega de documentos, defendendo a criação e um maior envolvimento de comissões e lembrando que o regimento previa essa mesma estrutura, mas que até agora ainda não foi devidamente implementada. O autarca sugeriu ainda a prática de orçamentos participativos como um caminho a seguir, dizendo que essa “deve ser a escola ensinada e a metodologia para o futuro”.
O presidente da câmara, Rui Anastácio, defendeu a transparência do actual mandato e comprometeu-se a entregar um relatório de transição, algo que diz não ter recebido quando assumiu funções. Sobre a entrega tardia dos documentos, Rui Anastácio não apresentou qualquer justificação.

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