Presidente de Ourém volta a falar sobre saída do município da Tejo Ambiente

Tema foi abordado na última sessão da Assembleia Municipal de Ourém. O presidente da câmara afirmou que é prematuro estar a dizer se o município vai ou não sair da empresa intermunicipal Tejo Ambiente. Luís Albuquerque admitiu ainda que Ourém tem das águas mais caras do país, mas também de melhor qualidade.
A possível saída do município de Ourém da empresa intermunicipal Tejo Ambiente foi abordada na última sessão da assembleia municipal. O tema foi introduzido pelo deputado do PS, Nuno Baptista, que, entre outras questões, perguntou ao presidente da câmara quanto poderia custar a saída da empresa à Câmara de Ourém. O presidente da autarquia, Luís Albuquerque (PSD), considerou ser prematuro dizer se o município vai ou não sair da Tejo Ambiente, deixando decisões para depois das eleições autárquicas. Disse ainda que o que tem sentido é que todos os presidentes que integram a Tejo Ambiente estão de alma e coração no projecto e que acreditam no futuro da empresa.
O deputado do PS, Nuno Baptista, começou por afirmar que o PSD de Tomar “andou a brincar” com a Tejo Ambiente - “quis atingir o presidente da Câmara de Tomar e com isso não olhou a meios e atingiu o presidente da Tejo Ambiente, o senhor presidente da Câmara de Ourém, Luís Albuquerque, o que originou aquela questão na última assembleia, onde disse estar a ponderar sair da empresa”, recordou.
Na resposta, Luís Albuquerque (PSD) disse que só faz sentido a existência de uma empresa intermunicipal se todos os municípios que a integram estiverem de alma e coração no projecto. “Se houver algum município que entenda que não deve estar na empresa obviamente que todos os outros poderão pôr em causa também a sua continuação”, mencionou. O autarca assumiu, no entanto, que o que tem sentido é que todos os seis presidentes que integram actualmente a Tejo Ambiente acreditam no futuro da empresa.
Sobre custos de uma possível saída, o presidente da câmara apenas referiu que os valores de indemnização estão definidos para cada município. Luís Albuquerque falou ainda sobre a empresa Be Water, que está responsável pela rede de abastecimento de água em Ourém. O autarca esclareceu que o contrato de concessão termina em Outubro de 2027 e que o que está previsto é que a Be Water venha a integrar a Tejo Ambiente. Por fim, o presidente da câmara admitiu que a água de Ourém é das mais caras do país, mas também das de melhor qualidade. “Nós sabemos que pagamos em Ourém cerca de 25% a mais em comparação aos outros municípios da Tejo Ambiente, mas também é bom dizer que a qualidade da nossa água é incomparavelmente superior à qualidade do serviço que é prestado noutros concelhos”, concluiu.