Política | 06-06-2025 12:00

Políticos da Chamusca nunca foram tão contestados

Políticos da Chamusca nunca foram tão contestados
Paulo Queimado e Cláudia Moreira - foto arquivo O MIRANTE

A poucos meses das eleições autárquicas, surgiu um novo movimento político na Chamusca que será encabeçado pela actual vice do município, Cláudia Moreira, numa altura em que o trabalho de 12 anos do executivo está a ser escrutinado e contestado como nunca por dirigentes associativos, ex-funcionários, atletas e populares.

O poder político na Chamusca, que tem há 12 anos como rostos Paulo Queimado e Cláudia Moreira, tem sido contestado e escrutinado como nunca pela população da Chamusca, nomeadamente dirigentes associativos, ex-funcionários da autarquia, atletas e populares. Numa altura em que parece cada vez mais certa a candidatura à câmara da actual vice-presidente Cláudia Moreira por um movimento independente, depois de se ter desvinculado de militante do PS, a contestação e indignação aumentaram.
Carlos Petisca, fundador da Chamusc’Art, uma associação cultural que desenvolve actividades em todo o concelho, fala de políticas que não olham para as pessoas e que têm colocado a Chamusca estagnada. “É esta a política que combato, da falsidade, da desonestidade, da prepotência e da arrogância (…) Não à censura, sim à democracia”, refere o dirigente associativo na sua página oficial de Facebook. Carlos Petisca afirma ainda que o executivo tem levado a cabo “projectos culturais, educacionais e sociais medíocres, acabaram com os bons funcionários, projectos e pessoas”, vinca, acrescentando que “nos últimos oito anos tudo foi feito para criar as condições impossíveis para que a Chamusc’Arte realizasse os seus projectos, alguns tiveram mesmo de acabar, pois nem ao cineteatro podemos ir”.
A contestação ao trabalho de Cláudia Moreira e de Paulo Queimado, que deverá fazer parte das listas da sua vice, tem aumentado de tom e na última assembleia municipal uma funcionária da autarquia foi queixar-se de ter sido empurrada para as piscinas municipais durante meses, onde esteve a olhar para as paredes e sem trabalho. Isabel dos Santos falou de assédio moral e pediu contas sobre o modo de funcionamento do gabinete de apoio psicológico que o município terá em funcionamento. “É sempre bom relembrar os mais distraídos ou os mais esquecidos que assédio moral é crime, assédio moral é crime”, repetiu sem obter reacções. Alguns dias antes, um ex-funcionário, Armando Sousa Mira, que foi durante vários anos responsável pela Protecção Civil na Chamusca, afirmou que este executivo “maltrata trabalhadores, digo mesmo, massacra os mesmos com atitudes ao estilo da antiga ‘PIDE’, perseguições, escorraçados, postos de lado, com colaboração de bufos acarinhados por alguém, a levar e a trazer recadinhos, depois os trabalhadores são arrumados para os campos de futebol, motoristas de pesados de passageiros postos de lado, operadores de máquinas afastados a toda a força, animadores e coordenadores de cultura e teatros sem nada para fazer”.

Executivo acusado de ignorar quem os procura

João Caneco, atleta da Chamusca de powerlifting, com uma longa carreira na área do culturismo, recorreu às redes sociais para criticar a postura do executivo municipal, que considera ser de distanciamento para com os munícipes e dirigentes que os procuram. “Estou na área do desporto na Chamusca e já conquistei inúmeros títulos desportivos internacionais onde vi referenciado o nome Chamusca. (…) Em 2024, apresentei na assembleia municipal pedidos de apoio a atletas não filiados em federações locais, que venceram campeonatos regionais, nacionais e internacionais. Cumpriram sua parte: fotos publicadas, acordos divulgados no site da CM, mas o apoio financeiro prometido nunca chegou. Em 2025, o pedido foi renovado, incluindo mais um, desta vez num desporto olímpico. Dia 8 de Junho lá vamos nós novamente representar a Chamusca num Campeonato Nacional. A resposta? ‘Vamos ver após a Ascensão”. Como aceitar que uma festa anual mereça mais atenção do que atletas que treinam diariamente, inspirando jovens e projectando o nome da Chamusca?”, afirma João Caneco, que termina: “apelo, (porque falo em nome de dezenas de pessoas) que a Chamusca siga o exemplo de outros municípios de sucesso desportivo. Que o desporto seja motivo de união, não de exclusão”.

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