Política | 10-07-2025 18:05

Oposição chumba contas consolidadas da Câmara de Tomar de 2024

Oposição chumba contas consolidadas da Câmara de Tomar de 2024
Hugo Cristóvão (PS) defendeu-se das críticas ao documento apresentado

Eleitos da oposição na assembleia municipal apresentaram diversas críticas ao documento apresentado. Discussão incidiu principalmente nos números referentes à Escola Profissional de Tomar, com o presidente da câmara a afirmar que as dificuldades financeiras dessas estruturas são um problema generalizado no país.

Depois de ter chumbado a prestação de contas do município no exercício de 2024, a Assembleia Municipal de Tomar reprovou também o documento relativo à consolidação de contas do município referentes ao exercício do mesmo ano. A decisão ocorreu na mais recente sessão do órgão, com votos contra do PSD, CDS e CDU, abstenção do BE e votos a favor da bancada do PS, partido que gere o município. À semelhança do que aconteceu anteriormente, a oposição apresentou diversas críticas aos documentos apresentados, sendo que a discussão do ponto incidiu principalmente nos valores referentes à Escola Profissional de Tomar.

O eleito do Chega, Américo Costa, afirmou que o relatório apresenta fragilidades. Carla Joaquim, deputada do PSD, referiu que há muita explicação nos documentos que está a mais. “Documentos apresentados com falta de rigor, atabalhoados, este relatório é muito triste, a montanha pariu um rato”, disse. A autarca social-democrata lamentou ainda que as contas da Escola Profissional de Tomar, que constam no documento, não tenham sido previamente aprovadas. Também o eleito do CDS, Daniel Santos, mostrou-se preocupado com os valores referentes à Escola Profissional. “Mostra o desinteresse sistemático deste município pela Escola”, defendeu, acrescentando que a escola está sem rumo e com prejuízos. Daniel Santos afirmou ainda que há falta de visão estratégica nos documentos apresentados.

A CDU, na voz do deputado Bruno Graça, considerou não ter existido nenhuma alteração significativa no documento relativamente ao que já tinha sido discutido anteriormente. “Acreditamos que os técnicos fizeram o serviço correctamente”, disse, referindo, no entanto, que os resultados apresentados estão longe de corresponderem ao que seria necessário. “Não é este o caminho que Tomar precisa”, sublinhou.

Na resposta, o presidente da Câmara de Tomar, Hugo Cristóvão (PS), afirmou que o problema da Escola Profissional é generalizado no país, com vários estabelecimentos a atravessarem dificuldades financeiras. O autarca explicou que a Escola Profissional de Tomar, que tem um limite de 180 alunos, depende totalmente da subvenção estatal. “Qualquer receita que a escola tenha abate no financiamento que é feito em função de cada turma”, esclareceu. Avançou ainda que o município é detentor de 50% do capital da Escola Profissional. Sobre as restantes críticas ao documento apresentado, o presidente desvalorizou, afirmando que o documento é “puramente técnico”.

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