Política | 12-07-2025 10:00

Oposição na Póvoa de Santa Iria e Forte da Casa sem acesso às instalações da junta

Autarcas da Assembleia de Freguesia da Póvoa de Santa Iria e Forte da Casa acusam o executivo socialista, liderado por Ana Cristina Pereira, de impedir a visita às instalações da junta ao longo do mandato e aprovaram moção. Presidente da junta desconhece os reais motivos da proposta mas disse que “vai tomar as devidas medidas”.

Os autarcas da oposição na Assembleia de Freguesia da Póvoa de Santa Iria e Forte da Casa estão impedidos pelo executivo de visitar as instalações da junta de freguesia. O assunto veio à tona pela bancada do movimento independente AIPMF na última reunião desse órgão, que apresentou uma moção a exigir a visita a todas as instalações utilizadas pela autarquia. O documento foi aprovado com 12 votos a favor do AIPMF, Coligação Nova Geração, CDU e Chega, e com sete votos contra do PS e Bloco de Esquerda.
O movimento AIPMF criticou o facto de ter pedido, ao longo do mandato, várias vezes a visita às instalações, mas sem sucesso. No entanto, o eleito do PS, Joaquim Baltazar, saiu em defesa do executivo, dizendo não ser claro o objectivo da solicitação. “A fiscalização das instalações da junta não é da competência dos eleitos, nem lhes cabe a eles avaliar. Essa é uma função dos serviços responsáveis”, afirmou. Do Bloco de Esquerda, Catarina Lourenço também disse não perceber quais os reais objectivos da visita.
Da Coligação Nova Geração, Paulo Afonso Ramos disse estar embasbacado com “a novela” que tem sido este assunto e criticou Joaquim Baltazar. “Só faltou dizer que temos de pedir o registo criminal para podermos visitar as instalações. Até ficava bonito a presidente convidar os eleitos, porque ninguém quer fazer espionagem política. Acho que é um direito e não encontro razão para chegarmos a este ponto”, lamentou.
A bancada do Chega fez uma declaração de voto onde acusou o executivo de medo da transparência, fuga ao escrutínio e bloqueio da democracia, e sublinhou que vai usar as vias políticas, administrativas e legais para repor a legalidade e o respeito institucional.
A presidente do executivo socialista, Ana Cristina Pereira, questionou o objectivo das visitas e disse que o espaço da junta é privado. “Já tem havido telenovelas de eleitos a tentarem à força perturbar o normal funcionamento dos serviços, a abrir portas e a querer forçar a entrada na junta. Não percebo o alcance desta moção, mas está votada e tomaremos as devidas medidas”, finalizou.

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