Críticas ao fecho da piscina do Sardoal durante a hora de almoço

Na reunião camarária do Sardoal, o vereador Pedro Duque apontou críticas ao encerramento da piscina descoberta à hora de almoço, prática que o executivo justifica com a falta de nadadores-salvadores e os custos elevados.
Na sessão de câmara do Sardoal, o vereador Pedro Duque (PS) alertou para transtornos causados pelo encerramento da piscina municipal durante a hora de almoço, referindo que alguns utilizadores consideram a medida incomodativa, sobretudo quem pretende passar o dia inteiro no espaço. Pedro Duque sublinhou ainda que a prática pode afastar visitas futuras, tendo a vereadora Patrícia Silva (PS) acrescentado que um grupo de ATL de fora do concelho ficou tão desagradado que prometeu não regressar. “Acaba por ser um transtorno para quem vem passar o dia à piscina e se depara com esta situação”, disse.
O presidente da câmara municipal, Miguel Borges (PSD), reconheceu que a questão é analisada todos os verões, mas defendeu que manter a piscina aberta sem interrupção não é viável. “Houve um ano em que abrimos e só ficaram duas ou três pessoas à hora de almoço”, explicou, sublinhando que, além do número reduzido de utentes nesse horário, existe a dificuldade em contratar nadadores-salvadores. Segundo o autarca, não só há escassez dos profissionais, como abrir à hora de almoço obrigaria à presença de dois nadadores-salvadores, implicando um custo adicional superior a dois mil euros. “O custo-benefício simplesmente não compensa”, frisou.
O autarca aproveitou ainda para criticar a legislação nacional que regula a formação e certificação de nadadores-salvadores, considerando-a “desadequada à realidade”. Miguel Borges defendeu que deveria existir um sistema de categorias, à semelhança das cartas de condução, que permitisse diferenciar profissionais para piscinas pequenas do interior e para piscinas e praias de maior dimensão. “A exigência para renovar a certificação de um nadador-salvador é a mesma para uma piscina do Sardoal como para a praia da Nazaré, o que para mim não faz sentido, tendo em conta os riscos de cada espaço”, concluiu.