PS de Azambuja nega estar a utilizar bens pagos pela câmara para fazer campanha

Socialistas, acusados pelo PSD de estarem a utilizar estruturas metálicas pagas pelo município para afixar cartazes, garantem que as infraestruturas foram alugadas pelo PS. PSD avançou com queixa à Comissão Nacional de Eleições e ao Ministério Público.
O Partido Socialista (PS) de Azambuja rejeita a acusação feita pela candidata do PSD à Câmara de Azambuja, Margarida Lopes, de estar a utilizar 50 estruturas metálicas para outdoors pagas pelo município, para fazer campanha para as próximas eleições autárquicas.
O que para o PSD são “factos” que configuram uma “flagrante violação dos deveres de neutralidade, isenção e imparcialidade”, previstos na lei, “a que acresce o uso abusivo e ilegal de equipamento municipal”, para o PS as acusações não passam de uma manobra sem fundamento para “proveito eleitoral”.
Em comunicado, o PS de Azambuja assegura que não está a utilizar “meios, materiais ou infraestruturas da Câmara de Azambuja para fins de campanha partidária” e que as estruturas em causa foram alugadas pelo partido. A concelhia socialista refere ainda que já prestou esclarecimentos às entidades competentes.
A candidata laranja, Margarida Lopes informou em comunicado enviado às redacções que o PSD apresentou uma queixa formal à Comissão Nacional de Eleições e endereçou uma participação formal ao Ministério Público de Alenquer.
Segundo a social-democrata, a Câmara de Azambuja “adquiriu cerca de 100 estruturas metálicas” para divulgação da iniciativa Orçamento Participativo, que terminou a 24 de Abril. No entanto, explica, “apenas parte destas foi retirada”. Na mesma nota questiona: “Porque é que cerca de 50 estruturas não foram recolhidas? Porque o Partido Socialista decidiu que podia usá-las na campanha eleitoral autárquica, certamente convicto de que tudo o que é público é seu”.
Nas estruturas metálicas em causa estão afixados cartazes dos candidatos do PS às eleições autárquicas de 12 de Outubro.