Política | 11-08-2025 15:00

Projecto Quinta do Contador vai ser o maior investimento de sempre em Tomar

Projecto Quinta do Contador vai ser o maior investimento de sempre em Tomar
Projecto Quinta do Contador foi tema na última reunião de câmara de Tomar - foto O MIRANTE

O investimento imobiliário da empresa Finangeste vai ocupar uma área de quase 200 mil metros quadrados (m2), com uma área de construção de 44.000 m2 acima do solo. A urbanização, localizada a cerca de dois quilómetros do Instituto Politécnico de Tomar, contará com espaços comerciais, escritórios e residências para estudantes.

Apresentando-se como uma das maiores promotoras imobiliárias em Portugal, a Finangeste vai realizar um dos maiores investimentos de sempre na cidade de Tomar, considerado estratégico para todo o concelho e para a região.
O projecto imobiliário vai nascer na Quinta do Contador, localizada às portas do centro urbano, a cerca de dois quilómetros do Instituto Politécnico de Tomar e integrará habitação, num total de 345 unidades, incluindo um número significativo de fogos sob o regime de custos controlados, assim como espaços comerciais, escritórios e residências para estudantes.
A área de construção deverá chegar aos 44 mil metros quadrados acima do solo, com diversas cedências para espaços públicos, reforçando o compromisso com a integração urbana e a qualidade do espaço”, diz a empresa em comunicado.

PSD tenta tirar proveito político do investimento ou das falhas na negociação
Na última reunião de câmara, o vereador Tiago Carrão (PSD) colocou diversas questões sobre o projecto imobiliário Quinta do Contador, defendendo que devia haver mais informação sobre o processo. O presidente da Câmara de Tomar, Hugo Cristóvão (PS), sublinhou que é importante separar aquilo que são os 60 fogos que o município pretende adquirir, do resto do investimento.
O projecto Quinta do Contador, um investimento imobiliário privado de cerca de 60 milhões de euros que vai arrancar em Tomar, com a construção de 345 novas habitações, das quais 60 a custos controlados, deu que falar entre a vereação. Tiago Carrão defendeu que o projecto carece de transparência, dizendo que aos vereadores da oposição social-democrata não tem chegado informação que os tranquilize sobre o sucesso do projecto. O autarca recordou quando o tema foi abordado em reunião de câmara em Maio último. “O senhor presidente dizia que havia obstáculos, burocracias e desconfiança por parte do IHRU (Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana) de tal forma que já não era possível à câmara municipal obter o financiamento a 100% através do PRR (Plano de Recuperação e Resiliência) e que iríamos ao BEI (Banco Europeu de Investimento), o que implicaria que o município teria de suportar 15 a 20% do investimento previsto”, lembrou.
Na resposta, o presidente da Câmara de Tomar, Hugo Cristóvão (PS), sublinhou que uma coisa são os 60 fogos que o município pretende adquirir e sobre os quais lançou uma oferta pública de aquisição, e outra é o projecto e tudo aquilo que é o investimento que a empresa promotora já anunciou. “A empresa anunciou publicamente o investimento como a sua próxima grande aposta, e devo afirmar que é o maior investimento alguma vez feito no concelho de Tomar. É isso que devemos sublinhar, isto é bom para o território e para a comunidade, não só porque acrescenta oferta um pouco mais em conta, mas também porque acrescenta concorrência no mercado”, realçou. Hugo Cristóvão explicou que, relativamente aos 60 fogos, não é o município que negoceia com o BEI. “Foi o Governo português que disse aos municípios que os financiamentos deixariam de ser PRR e passariam a ser através do BEI, resta-nos acreditar que o Governo vai cumprir aquilo que disse”, referiu, acrescentando que a suspeita é de que o município tenha que cobrir 10 a 15% do investimento. Finalmente, e questionado pelo vereador Luís Francisco (PSD), o presidente da câmara garantiu que não está previsto qualquer encargo para o município relacionado com o projecto, embora admita que a autarquia está disponível para assumir uma quota parte das infraestruturas relacionadas com os 60 fogos, caso seja importante para o negócio.

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