Política | 23-08-2025 07:00
Central a carvão do Pego vai ser desmantelada mas mantém ramal ferroviário

Manuel Valamatos diz que Abrantes vai ter um novo futuro industrial com o desmantelamento da antiga central a carvão do Pego. Presdiente da câmara diz que o ramal ferroviário é uma mais-valia para as novas unidades industriais e económicas que vão estar a funcionar no local.
A antiga central a carvão do Pego, em Abrantes, que cessou produção de energia em 2021, vai ser desmantelada, incluindo as torres de refrigeração, num processo que vai preservar o ramal ferroviário de acesso ao complexo, assegurou a autarquia. “A Central Termoelétrica do Pego vai iniciar um processo de desmantelamento das torres [de refrigeração] e de todas aquelas estruturas e nós sabemos que no processo de desmantelamento há muitas infraestruturas que vão desaparecer para criar condições a que outros projectos industriais e económicos possam ali aparecer, mas sabemos que o ramal ferroviário vai manter-se”, disse à Lusa o presidente da Câmara de Abrantes.
Manuel Jorge Valamatos (PS) falava à margem da reunião de executivo, na qual informou, a pedido do vereador do PSD, que a central do Pego “já iniciou o processo de licenciamento para o desmantelamento das torres e do conjunto de infraestruturas”, estando o mesmo numa “fase de revisão e de consolidação”, e que o ramal ferroviário não está incluído no plano de desmantelamento. “Vamos deixar de ter estas torres, mas o que é desejável é que venhamos a ter no futuro próximo projetos para aquele espaço. E é isso que vamos anunciar em termo oportuno, porque há processos de licenciamento que estão em andamento, mas já há alguma coisa de concreto, que é o início do processo de licenciamento do desmantelamento e a manutenção do ramal”, declarou. O autarca frisou que a central mantém em função a parte de ciclo combinado a gás, acrescentando que o processo de desmantelamento da central a carvão “vai ser demorado no tempo” e “ter impacto na economia local” e apontando a um novo futuro industrial. “Queremos acreditar que vão aparecer ali projectos muito relevantes, que vão criar muitos postos de trabalho e criar a dinâmica económica bastante, quer para o Pego, quer para o nosso concelho, para a região e mesmo para o país, e onde esse ramal vai ter a sua vida própria e vai ter uma actividade relevante, pelo menos é esse o entendimento dos accionistas e daqueles que se propõem a fazer ali investimento”, sustentou.
Em 2022, no âmbito do encerramento da central a carvão, foi adjudicado à Endesa um projecto de energias renováveis no Pego, actualmente em fase de implementação, com um investimento de cerca de 600 milhões de euros. Este projeto integra soluções de produção solar, eólica e de hidrogénio verde, utilizando 224 MW dos cerca de 600 MW disponíveis no local.
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