Política | 09-09-2025 10:00

Guerra de números e críticas marcam sessão camarária no Sardoal

O presidente da Câmara do Sardoal, Miguel Borges, rebateu afirmações prévias do vereador da oposição Pedro Duque ao longo do mandato, defendendo os números do concelho sobre população, orçamento, serviços e atividade económica.

A última reunião do executivo da Câmara de Sardoal ficou marcada por um debate em torno da execução orçamental, tema levado pelo presidente Miguel Borges (PSD), em resposta a declarações que o vereador Pedro Duque (PS) tem feito ao longo do mandato sobre a dimensão real das contas municipais. Sentindo-se ofendido com as críticas do vereador ao longo dos anos, Miguel Borges iniciou a discussão recordando que o vereador socialista tem repetidamente colocado em causa os números do orçamento, acusando-o de manipular números e difundir falsidades sobre a realidade do concelho, nomeadamente quanto à perda de população, diminuição de serviços públicos, fragilidade da economia local e dimensão do orçamento municipal.
Miguel Borges apresentou dados da Pordata e números da execução orçamental para contrariar prévias afirmações do vereador socialista, sublinhando que o concelho ganhou 0,36% de população, aumentou em 125% as transações de IRC em 2024 face a 2023 e que o peso dos recursos humanos no orçamento nunca ultrapassou 48%, “ao contrário do que o vereador tem dito”. “Quais as propostas que o vereador apresentou ao longo de todos estes anos para melhorar os nossos resultados? Zero. Não tem dado nenhuma proposta e ideia para o concelho”, destacou o presidente.
Em resposta, o socialista Pedro Duque acusou Miguel Borges de manipular números e defendeu que o “orçamento real” do município ronda os 7,5 milhões de euros, quando expurgado de grandes obras, e não entre os reportados 11 a 13 milhões de euros, ao que Miguel Borges respondeu garantindo que os dados apresentados por si são oficiais e comprováveis pelos serviços municipais. O vereador socialista sublinhou ainda o facto de as propostas do PS serem sempre rejeitadas pelo executivo do PSD, lembrando que apenas o orçamento participativo foi aprovado, o que levou o partido a deixar de insistir para não cansar os munícipes com debates repetidos. “Os factos são sempre os factos. Podemos interpretá-los de forma diferente, mas nada do que eu disse foi as grandes mentiras que o presidente diz que foram”, concluiu. 

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