Política | 12-09-2025 10:00
Contas do Sardoal com boas indicações no primeiro semestre apesar do aumento da dívida

Câmara do Sardoal analisou as contas do primeiro semestre de 2025, com o presidente Miguel Borges a destacar melhorias em indicadores como o passivo e o património líquido, apesar do aumento da dívida em 561 mil euros. O relatório segue agora para a assembleia municipal de 12 de Setembro.
Na última reunião de câmara do Sardoal analisou-se a informação económica e financeira relativa ao primeiro semestre de 2025, com o presidente Miguel Borges (PSD) a sublinhar que apesar de haver melhorias em indicadores como o passivo e o património líquido, regista-se um aumento da dívida em 561 mil euros. O autarca explicou que o resultado líquido do exercício passou de 257 mil euros negativos para 169 mil negativos, registando-se ainda uma diminuição dos gastos operacionais em 242 mil euros. O activo aumentou em 641 mil euros, o passivo diminuiu em 452 mil euros, e o património líquido cresceu em 1,94 milhões de euros.
Miguel Borges reconheceu, contudo, o aumento da dívida municipal em 561 mil euros, sobretudo devido a empréstimos para obras em curso, como as reabilitações de arruamentos no Pisão e na Tojeira e intervenções em passagens hidráulicas. O presidente acrescentou que a situação poderia ser diferente se também já tivesse entrado nos cofres da autarquia a verba de 461 mil euros referente às obras dos prédios da Tapada da Torre, uma obra da responsabilidade do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU). “Com esse valor, amortizaríamos a dívida”, referiu, lembrando ainda que a câmara tem a receber mais de 600 mil euros de diferentes entidades.
O vereador Pedro Duque (PS) reconheceu que os resultados intercalares devem ser lidos com cautela, mas alertou para alguns sinais preocupantes, como o aumento do prazo médio de pagamento de 81 para 103 dias, a diminuição da liquidez de 99% para 63%, o fundo de maneio negativo em 26 mil euros e o aumento do passivo corrente em 292 mil euros. “As contas não são assim tão optimista como o presidente diz, pois há indicadores que resultam sobretudo da falta de liquidez no imediato, como o caso do prazo médio de pagamento”, afirmou. Na resposta, Miguel Borges admitiu que a evolução do prazo médio de pagamento “é desconfortável” e que gostaria de o corrigir, mas sublinhou que isso implicaria “fazer opções difíceis”, nomeadamente abdicar de investimentos em obras e projectos que considera essenciais para o desenvolvimento do concelho.
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