Política | 17-09-2025 16:30
Assembleia Municipal de Tomar aprovou classificação do fabrico de talhas de Asseiceira

O presidente da Câmara de Tomar destacou que proposta de classificação pretende salvaguardar a arte tradicional do fabrico de talhas da Asseiceira e incentivar o aparecimento de novos artesãos. A proposta foi aprovada por todas as bancadas com representação na assembleia municipal.
A Assembleia Municipal de Tomar aprovou, por unanimidade, a proposta de classificação do processo de fabrico de talhas de Asseiceira como Património Cultural Imaterial de Interesse Municipal. No momento de apresentação da proposta, o presidente da câmara, Hugo Cristóvão (PS), realçou que o fabrico de talhas serve não só Tomar como o território nacional, nomeadamente para a produção de vinho, tendo também outras funcionalidades mais tradicionais, como o azeite e o armazenamento de cereais. O autarca afirmou existir actualmente uma escassez de produtores. “Em bom rigor há um mestre no nosso concelho que ainda vai produzindo estas talhas e que as vende um pouco para todo o país e que tem tido nos últimos tempos alguns aprendizes, mas a verdade é que é uma arte tradicional que está um pouco em risco”, referiu.
Hugo Cristóvão explicou que a proposta de classificação pretende salvaguardar esta arte tradicional, incentivando o aparecimento de novos artesãos e contribuindo para a economia do concelho através do aproveitamento da argila, um material endógeno do território de Tomar utilizado para a produção das talhas. O presidente da câmara acrescentou que, na lógica da valorização das artes tradicionais, o município também tem vindo a trabalhar na criação de um espaço para artesãos na antiga escola de Charneca da Peralva, que vai servir como espaço escola e como museu.
O PSD, através dom eleito Pedro Pereira, saudou a iniciativa e todo o trabalho feito. “Achamos que é um trabalho que pode contribuir para o progresso do concelho e é um trabalho também a divulgar, porque pode inspirar outras juntas de freguesia”, realçou. Diogo Sereno (PS) afirmou que o fabrico de talhas em Asseiceira é um activo económico real para o concelho, enquanto turismo cultural, produtos diferenciados e uma marca territorial. Finalmente, o deputado Jorge Gonçalves (BE) considerou tratar-se de uma “excelente” proposta.
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