Política | 04-10-2025 07:00

Câmara do Cartaxo apresenta equilíbrio financeiro mas PS alerta para baixa execução nas obras

Câmara do Cartaxo apresenta equilíbrio financeiro mas PS alerta para baixa execução nas obras
João Heitor - foto O MIRANTE

O presidente da câmara, João Heitor, destacou o equilíbrio das contas e o crescimento das receitas no primeiro semestre, mas o vereador socialista Pedro Amorim alertou para a baixa execução do investimento.

A Câmara do Cartaxo discutiu na reunião de 18 de Setembro a situação económico-financeira do município relativa ao primeiro semestre de 2025, com o presidente da câmara, João Heitor, a destacar o equilíbrio das contas e o aumento significativo da receita, sobretudo com o IMT. Contudo, o vereador socialista Pedro Amorim alertou para a baixa execução do investimento em obras e preocupações com custos com pessoal.
João Heitor apresentou o relatório semestral sublinhando que o município tem hoje “contas equilibradas e boa saúde financeira” e que nos primeiros seis meses de 2025 a receita atingiu 13,1 milhões de euros, mais 1,7 milhões do que no período homólogo do ano passado, impulsionada sobretudo por uma maior cobrança de IMT. O autarca destacou também uma “elevada eficiência na cobrança das receitas” e uma execução de 53,7%, acrescentando que o saldo de gerência registou um acréscimo de 26% e que o resultado líquido rondou os três milhões de euros, mais 53% face a 2024. Já a despesa paga ascendeu a 12,4 milhões de euros, mais 27% do que no primeiro semestre de 2024, reflectindo o avanço de várias obras com fundos comunitários. Entre os investimentos destacados estão a Loja do Cidadão, a requalificação da Escola D. Sancho I, o parque central do Cartaxo, habitação social, arruamentos e equipamentos culturais e desportivos. João Heitor frisou ainda a redução do endividamento municipal em 6,3 milhões de euros, garantindo que o pagamento do Fundo de Apoio Municipal (FAM), cerca de 2,5 milhões de euros anuais, está a ser cumprido sem atrasos. “Temos hoje estabilidade financeira e um investimento público muito alavancado em fundos europeus, o que nos permite encarar o futuro com confiança”, afirmou.
Pedro Amorim reconheceu a evolução positiva das receitas e a redução da dívida, mas sublinhou a baixa execução da despesa de capital, que ficou abaixo dos 30%. “Houve muito investimento que ficou por realizar de acordo com o orçamento aprovado. Para cumprir a previsão será preciso o dobro do esforço no segundo semestre”, alertou. O socialista apontou ainda preocupações com a “despesa fixa” da câmara, incluindo custos com pessoal, subcontratação e honorários, que segundo as suas contas aumentaram perto de um milhão de euros no primeiro semestre. João Heitor contrapôs que as contas do vereador não estão certas, uma vez que parte das rubricas mencionadas estão incluídas na despesa com pessoal e que algumas das subcontratações se devem a serviços como refeições escolares e transportes.
O PS acabou por se abster na votação sobre o envio do relatório para a assembleia municipal, justificando a decisão com as dúvidas em torno da execução das obras, mas a maioria liderada por João Heitor reafirmou que as contas estão sólidas e mantém uma visão optimista sobre a evolução das finanças do Cartaxo.

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