Política | 06-11-2025 14:54

Acordo entre PS e CDU para garantir estabilidade governativa em Azambuja

Acordo entre PS e CDU para garantir estabilidade governativa em Azambuja

PS sem maioria absoluta firma acordo governativo em Azambuja com a CDU que volta a ter um vereador a tempo inteiro no executivo municipal. PSD fala em falta de coerência da coligação e em acordos secretos com custos para os contribuintes do concelho.

O Partido Socialista e a CDU chegaram a um entendimento para garantir a estabilidade governativa na Câmara de Azambuja, com o vereador da coligação, António Torrão, a assumir pelouros e a fixar-se em regime de tempo inteiro, com o “objectivo de tornar a gestão do município mais eficiente”, lê-se num comunicado daquela autarquia.

Sobre os detalhes do acordo nada foi proferido na primeira reunião do executivo municipal deste mandato, na qual foi deliberada e aprovada, com os votos contra do PSD e Chega, a fixação de António Torrão como vereador a tempo inteiro. Já no mandato anterior o executivo municipal de Azambuja, liderado pelo PS sem maioria absoluta teve Mara Oliveira, da CDU, como vereadora a tempo inteiro, com pelouros atribuídos.

A CDU, em comunicado, veio afirmar que num quadro de maioria relativa considerou estarem “reunidas condições para assumir pelouros na gestão do município de Azambuja, com o indispensável regime de tempo inteiro, tendo em conta a exigência de funções”. Assim, lê-se na mesma nota, “o vereador da CDU, no quadro das competências que lhe estão atribuídas, tudo fará para que se encontrem as soluções para os problemas que afectam a vida da população no concelho, mantendo a total independência política e analisando caso a caso as propostas apresentadas”.

PSD acusa PS e CDU de firmarem acordo secreto e opaco

O PSD votou contra a proposta de criação de mais dois vereadores em regime de tempo inteiro, no executivo municipal de Azambuja, considerando que a mesma beneficia a CDU, tal como em mandatos anteriores, sempre que o PS não obteve maioria absoluta.

Criticando o desconhecimento entre o acordo de governabilidade firmado entre o PS e a CDU, o PSD, pela voz da vereadora Margarida Lopes, esclareceu em declaração de voto que se a proposta dissesse apenas respeito à vereadora socialista, Ana Coelho, teriam votado favoravelmente, reconhecendo a “necessidade de assegurar o normal funcionamento do executivo”. Desta forma, sublinhou Margarida Lopes, “a inclusão do vereador da CDU nesta proposta transforma-a num acordo político opaco, que não serve o interesse público nem respeita o resultado eleitoral” e que representará “uma remuneração bruta global de 53.285,35 euros por ano paga pelos contribuintes do concelho”.

Para o PSD é “legítimo questionar a coerência” de António Torrão que “durante a campanha, criticou duramente o PS, negou qualquer intenção de coligação e, agora, à primeira oportunidade, firma um acordo oculto”. E embora o PS não tenha alcançado a maioria absoluta, os sociais-democratas vincaram que entendem que “quem vence as eleições deve governar, sem precisar de negociatas, arranjos ou alianças contrárias à vontade dos eleitores”.

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