Auditoria e criação de polícia municipal são prioridades do novo executivo do Entroncamento
O novo presidente da Câmara do Entroncamento quer uma auditoria independente às contas do município, criar uma polícia municipal e reforçar a fiscalização dos apoios sociais.
O novo presidente da Câmara Municipal do Entroncamento, Nelson Cunha, definiu como prioridades a realização de uma auditoria às contas do município, a criação de uma polícia municipal e a promoção da justiça social. Em declarações à Lusa, o autarca de 35 anos explicou que os primeiros passos do seu mandato serão uma auditoria externa e independente às contas do município, sublinhando que não se trata de uma desconfiança, mas de “garantir rigor e transparência para planear o futuro com base em dados concretos”.
Ao iniciar funções, Nelson Cunha traçou já uma agenda com eixos centrais como transparência financeira, segurança, fiscalização dos apoios sociais e habitação, sublinhando que a segurança é uma prioridade máxima, desde logo a criação de uma polícia municipal estruturada e equipada, uma das principais bandeiras do seu programa eleitoral. A nova força deverá arrancar com sete operacionais e representar um investimento de cerca de meio milhão de euros no primeiro ano, incluindo equipamentos, viaturas, reabilitação da antiga esquadra da PSP, formação, fardas e vencimentos. “Não é apenas uma questão de presença armada, é uma questão de autoridade, prevenção e proximidade às pessoas”, afirmou.
Outro ponto central do mandato será a “fiscalização rigorosa dos apoios sociais”, em linha com as directrizes do partido, assegurando Nelson Cunha que “não se trata de cortar apoios a quem precisa, mas de actuar com rigor e critério”. O autarca sublinha ainda que quer governar de forma inclusiva, promovendo a integração de imigrantes e minorias e garantindo habitação a quem queira trabalhar e contribuir para o concelho. O presidente pretende assumir os pelouros da Protecção Civil e do Urbanismo, mas promete um acompanhamento próximo de todas as áreas do município, com o seu plano estratégico a incluir intervenções imediatas na limpeza urbana e reorganização de serviços, bem como medidas para criar emprego, fixar jovens e dinamizar a economia local. Já sobre a relação com André Ventura, Nelson Cunha adoptou um tom moderado, frisando que “as opiniões são pessoais” e que o seu foco é “servir a população e agir com ética”.
O executivo camarário conta com três eleitos do Chega, dois do PSD e um do PS. Já na assembleia municipal, a oposição conseguiu eleger a presidência da mesa, após o PSD ter apresentado uma lista alternativa apoiada pelo PS. Sem maioria, Nelson Cunha afirma que “o diálogo é crucial” e garante que pretende “trabalhar com seriedade e transparência”, respeitando as decisões da assembleia municipal.


