Política | 10-11-2025 10:00

Horário das reuniões de câmara do Cartaxo não gera consenso

Horário das reuniões de câmara do Cartaxo não gera consenso

A marcação das reuniões da Câmara do Cartaxo para as 17h00 foi criticada por limitar a presença de munícipes, que defendem a alteração para horários mais tardios para aumentar o envolvimento da comunidade.

A primeira reunião do novo executivo da Câmara do Cartaxo, a 6 de Novembro, ficou marcada pelo debate em torno do horário das sessões, depois da munícipe Manuela Carvalho ter alertado que a hora actual afasta a população. A munícipe focou a sua intervenção na dificuldade de participação cívica, lembrando que quem trabalha não consegue estar presente às 17h00 e defendendo que o município devia incentivar mais a presença de público nas reuniões.
A preocupação originou debate político, com o vereador do PS, Ricardo Magalhães, a dar razão à munícipe, argumentando que a maioria da população trabalha fora do concelho e que o horário laboral inviabiliza a presença no edifício dos Paços do Concelho. Sugeriu que as reuniões sejam às 21h00, como já aconteceu no passado, e pediu também um espaço fixo para a oposição receber munícipes. Já a vereadora do Chega, Luísa Ribeiro, reforçou a dificuldade de participação e propôs que as intervenções pudessem ser feitas online, para incluir quem não pode deslocar-se.
O presidente da câmara, João Heitor, admitiu a importância do tema, mas defendeu que não existe um “horário ideal para todos” e sublinhou a necessidade de conciliar a participação pública com o funcionamento dos serviços municipais. O autarca recusou ainda a possibilidade de uma sala exclusiva para a oposição devido a não haver salas vazias no edifício, mas garantiu disponibilidade temporária sempre que for solicitado um espaço pelos vereadores. Sobre as intervenções online, disse desconhecer enquadramento legal, mas abriu a porta a facilitar outras vias, como o envio de questões por email.
A proposta para manter as reuniões na primeira e terceira quinta-feira de cada mês, às 17h00, foi colocada a votos e aprovada por maioria, com seis votos a favor e um contra do vereador do PS.

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