Política | 25-11-2025 21:00

PSD de Torres Novas diz que acordo com PS teria sido o caminho mais responsável para o concelho

PSD de Torres Novas diz que acordo com PS teria sido o caminho mais responsável para o concelho
Tiago Ferreira, vereador e presidente da comissão política do PSD de Torres Novas - foto O MIRANTE

Encontro entre o presidente do município e o líder do PSD de Torres Novas não resultou em acordo de governação, com José Trincão Marques a liderar um executivo sem maioria absoluta. Sociais-democratas dizem que o acordo teria sido o caminho mais estável.

Os vereadores eleitos pela coligação AD – Tempo de Avançar na Câmara de Torres Novas consideram que um acordo de governação com o PS, “assente na compatibilização dos programas eleitorais e na definição de um quadro de prioridades, com a assunção de pelouros”, teria sido o “caminho mais estável e responsável para o concelho”.
Num comunicado enviado às redações, na sequência de notícias acerca do encontro entre o presidente do município, José Trincão Marques (PS) e o vereador e presidente da comissão política do PSD de Torres Novas, Tiago Ferreira, os sociais-democratas, que lideram a coligação AD, esclarecem que, da sua parte, existia “total disponibilidade para iniciar um diálogo com vista a um eventual acordo de governação”. Mas o que o presidente do município transmitiu foi que “não se encontrava em cima da mesa qualquer cenário de negociação ou acordo de governação conjunta, assumindo o mesmo a total responsabilidade, para já, pela opção de governar em minoria”.
Perante a decisão, que “respeitam”, os eleitos “reafirmam que pautarão o seu trabalho pelo sentido de responsabilidade, pelo compromisso institucional e pelo espírito construtivo — sem abdicar das competências que a lei confere à câmara municipal”. E acrescentam que estarão “vigilantes em defesa do concelho, do interesse público das propostas” que apresentaram à população.
José Trincão Marques confirmou a O MIRANTE ter sido ele a tomar a iniciativa de reunir com os vereadores que foram cabeças-de-lista: José Carola, do Chega, e Tiago Ferreira, da AD. Sobre a proposta de acordo recebida por este último, que incluiria a atribuição de pelouros aos vereadores eleitos pela AD, o autarca confessou-se “surpreendido”, considerando que isso não faria qualquer sentido para uma câmara municipal com a dimensão de Torres Novas.
Confirmando que não apresentou qualquer contra-proposta, o autarca socialista enfrenta assim o constante risco de bloqueio uma vez que vai governar sem maioria. “O mesmo se passa em Coimbra e em tantos outros sítios que estão a ser geridos assim. Temos de ter bom senso, calma e boa fé. Nada impede que haja ajustes, mas para já não”, disse ao nosso jornal, sublinhando que está disponível para receber propostas e chegar a consensos com os representantes das restantes forças políticas com assento no executivo sempre que se justifique. O executivo da Câmara de Torres Novas para o mandato de 2025-2029 é composto por três mandatos do PS, três da AD e um do Chega.

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