Salvaterra de Magos quer frente comum com Benavente para acompanhar impactos do novo aeroporto
O vereador José Manuel Coelho alertou, em reunião camarária em Salvaterra de Magos, para a necessidade de Salvaterra de Magos acompanhar “de muito perto” os impactos do futuro aeroporto Luís Vaz de Camões, defendendo uma articulação directa com o município de Benavente. A presidente Helena Neves confirma a intenção de criar sinergias.
José Manuel Coelho, vereador social-democrata eleito na Câmara de Salvaterra de Magos, defendeu em reunião do executivo que o município deve assumir uma postura pró-activa perante a construção do novo Aeroporto Luís Vaz de Camões, a implantar em área do vizinho concelho de Benavente.
O autarca sublinha que a infraestrutura terá “um impacto profundo” no território e questionou a presidente de câmara sobre a existência de grupos de trabalho ou comissões técnicas que permitam monitorizar o projecto de forma permanente. José Manuel Coelho quis saber que estudos já foram realizados sobre matérias como mobilidade, habitação, serviços públicos, e impactos sociais e económicos. Para o vereador, o acompanhamento não deve ser feito isoladamente, mas em articulação com o município vizinho de Benavente.
A presidente da Câmara de Salvaterra de Magos, a independente Helena Neves, informou que, até 19 de Novembro, ainda não tinha tido oportunidade de reunir em privado com a presidente da Câmara de Benavente, Sónia Ferreira, apesar de já ter estado com o vice-presidente daquele município, Paulo Abreu, numa assembleia-geral da Águas do Ribatejo.
Helena Neves confirma que o executivo quer “estar também presente” no processo e acompanhar de perto os passos ligados ao novo aeroporto. “Vamos averiguar se também podemos estar na comissão técnica que está falada e que estão a tentar criar”, adiantou, apontando igualmente para o trabalho que poderá ser desenvolvido no seio da Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo.
A autarca defendeu que Salvaterra de Magos deve garantir um lugar na linha da frente no acompanhamento do projecto, considerando essencial a realização de estudos de viabilidade económica e de sustentabilidade. “É importante haver uma previsão do que nos espera para a região tendo em conta o novo aeroporto. Os municípios têm de estar bem de perto no acompanhamento desta matéria”, sublinhou.
Recorde-se que, mais recentemente, o governo revelou que está a preparar um processo de medidas preventivas ao desenvolvimento urbanístico nos terrenos circundantes ao novo aeroporto de Lisboa, o qual vai ser construído em terrenos da freguesia de Samora Correia, concelho de Benavente. A finalidade, de acordo com o ministério das Infraestruturas em nota explicativa no Orçamento do Estado para 2026, é evitar a ocorrência de alterações ao uso do solo que possam comprometer ou tornar mais onerosa a instalação do novo aeroporto, em relação àquilo que actualmente se perspectiva.


