Política | 16-12-2025 11:55

Orçamento de Santarém para 2026 prevê o maior investimento de sempre

Orçamento de Santarém para 2026 prevê o maior investimento de sempre

O Orçamento da Câmara de Santarém para o próximo ano ronda os cem milhões de euros, sendo 31 milhões destinados a investimento. Oposição diz que muitos investimentos falados já não são novidade.

O Orçamento da Câmara de Santarém para 2026 foi aprovado na tarde de segunda-feira, 15 de Dezembro, com os votos favoráveis dos quatro eleitos da bancada da coligação PSD/CDS, a abstenção dos quatro autarcas do PS e o voto contra do vereador do Chega. O documento foi rotulado pelo presidente, João Leite (PSD), como o maior de sempre em volume previsto de investimento, com 31,4 milhões de euros inscritos para esse fim.
O presidente revelou que é um orçamento de 99,5 milhões que cresce 10,2 milhões de euros face ao orçamento de 2025, para responder com ambição às necessidades do concelho, reforçando o investimento público e a acção concreta no território. Muitos foram os projectos previstos, e alguns já em obra, enumerados por João Leite, a maioria já velhos conhecidos de quem acompanhada a gestão autárquica e a actividade política no concelho, o que não escapou à observação crítica do socialista Pedro Ribeiro e do eleito do Chega Pedro Correia.
João Leite assenta a sua estratégia na captação de fundos europeus para comparticipação de obras de grande fôlego, como a Academia do Futebol e o pavilhão de Pernes, entre outras infraestruturas desportivas, a requalificação da zona ribeirinha, a segunda fase de construção do acesso norte à cidade ou os pavilhões multiusos de Alcanede e de Amiais de Baixo. A atracção de investimento privado é outra aposta, consubstanciada no investimento em áreas para instalação de empresas, em Santarém e em Alcanede.
O Orçamento prevê também um aumento de 2,5% nas transferências para as juntas de freguesias, bem como para o apoio ao movimento associativo e às corporações de bombeiros do concelho. Os investimentos na requalificação das escolas Ginestal Machado e de Alcanede, bem como nas escolas de São Salvador e de São Bento, continuam também no horizonte orçamental. A habitação está também contemplada, prevendo-se a criação de algumas dezenas de fogos na Ribeira de Santarém e no antigo Bairro 16 de Março.
O vereador do Chega considerou que o documento assenta, na sua maioria, em projectos plurianuais já conhecidos e é fortemente dependente de fundos comunitários e financiamento externo. Pedro Correia reiterou que as grandes opções do plano mantêm os mesmos eixos e tipologias de 2025, resultando a maior parte de reprogramação financeira, com nova calendarização.
Já o socialista Pedro Ribeiro referiu que cerca de 10% do Orçamento está justificada pelo aumento da dívida via empréstimos bancários e manifestou a sua preocupação quanto à capacidade de execução dos projectos com financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que termina no próximo Verão. Criticou também a opção política pela contratação de serviços externos que poderiam ser garantidos pelo município.

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