Câmara de Alenquer chumba moção do Chega sobre o 25 de Novembro
Moção apresentada pelo Chega sobre o 25 de Novembro de 1974 foi chumbada em reunião de Câmara de Alenquer. Após empate na votação, o presidente do município, João Nicolau (PS) usou do voto de qualidade e o documento não foi aprovado.
Foi chumbada, em reunião de Câmara de Alenquer, a moção apresentada pelo vereador do Chega, Carlos Sequeira, sobre o 25 de Novembro de 1974. No final do documento lê-se a frase “25 de Novembro sempre, comunismo nunca mais”, o que mereceu votos contra do executivo socialista.
“Da nossa parte não podemos votar a favor porque se mistura uma data histórica com assuntos dos dias de hoje. O 25 de Novembro fez-se para não acabar com frases como esta, mas sim para aceitar a opinião de todos e respeitar as diferenças”, sublinhou o presidente da câmara, João Nicolau, acrescentando que o 25 de Abril de 1974 foi a data central que rompeu com o fascismo e a ditadura de direita.
O vereador da coligação TODOS, Francisco Guerra, considerou que o 25 de Abril só se assinala porque houve 25 de Novembro e que “os excessos que estão a ser cometidos hoje” se devem a “uma história parcial e mal contada” sobre o 25 de Abril nos últimos 50 anos.
Em declaração de voto, o vereador do Movimento Alenquer Independente, Tiago Pedro, reconheceu a data de 25 de Novembro, mas optou pela abstenção, tendo em conta o conteúdo da moção do Chega.
A moção contou com os votos a favor do eleito do Chega e dos dois vereadores da coligação TODOS. Após a abstenção de Tiago Pedro e os votos contra dos três autarcas do PS, a votação ficou empatada, mas João Nicolau usou o voto de qualidade enquanto presidente e o documento foi chumbado.


