Política | 23-12-2025 12:00
Cartaxo aprova orçamento de 48,3 milhões com foco nas obras em curso e novos projectos
Documento foi aprovado por maioria e prevê cerca de 22 milhões de euros para obras em curso e novos projectos, mantendo impostos nos valores máximos legais.
Na última reunião da Câmara Municipal do Cartaxo foi aprovado o Orçamento Municipal e o Mapa de Pessoal para 2026, no valor global de 48,3 milhões de euros. O presidente da câmara, João Heitor, sublinhou que o documento dá continuidade ao trabalho desenvolvido no mandato anterior, sublinhando que o orçamento foi construído com ambição e responsabilidade. Segundo João Heitor, o orçamento para 2026 procura consolidar os investimentos já em curso e, simultaneamente, “preparar o futuro do concelho com realismo e sentido estratégico”. O documento representa um aumento de cerca de quatro milhões de euros face ao ano anterior e assegura o cumprimento de todos os compromissos financeiros do município, incluindo as obrigações junto do Fundo de Apoio Municipal (FAM).
Do total previsto, cerca de 22 milhões de euros destinam-se a investimento, verba que, de acordo com o presidente, permitirá concluir várias obras em curso como a Loja do Cidadão, a nova Unidade de Saúde, o Parque de Pesados na Lapa e a requalificação da Escola D. Sancho I. Estão também previstas novas empreitadas, como a construção das Piscinas Municipais, do novo Ecocentro e do Estaleiro Municipal, além de projectos como a Creche Municipal e o Pavilhão Multiusos. Entre as prioridades para 2026, destaca-se ainda a criação da Cartaxo Incuba – Incubadora de Empresas, a requalificação da rede viária e da Circular Urbana, assim como a instalação de novas ilhas ecológicas e de painéis fotovoltaicos em edifícios municipais. O orçamento contempla também um aumento das verbas atribuídas às freguesias, que João Heitor afirma que permitirá “mais proximidade, mais investimento e melhores respostas à comunidade”. No que toca aos impostos o município mantém os valores máximos permitidos por lei, ficando a taxa de IMI para prédios urbanos em 0,45% e a derrama sobre o lucro tributável das empresas a 1,5%.
O orçamento foi aprovado por maioria, com os votos favoráveis dos vereadores do PSD, uma abstenção do PS e um voto contra do Chega, tendo o vereador do PS, Ricardo Magalhães, justificado a abstenção devido ao orçamento “não apresentar políticas públicas com ambição de dar resposta às necessidades das pessoas”. O vereador apontou falta de medidas estruturadas para áreas como habitação, emprego, mobilidade e cultura e apesar de reconhecer “uma pequena resposta” na habitação social e educação, criticou que os investimentos previstos não tenham “enquadramento estratégico”. O vereador do Chega, Luís Albuquerque, em substituição da vereadora Luísa Areosa, justificou o voto contra afirmando que o orçamento “não será de consolidação financeira”, mas sim de uma “expansão com risco”, criticando a “forte dependência” das transferências do Estado e dos fundos comunitários e o “elevado peso da despesa rígida”.
João Heitor reforçou que o orçamento reflecte planeamento e responsabilidade, salientando que é “centrado nas pessoas, nas famílias e na comunidade”, acrescentando que o município vai continuar a ser realista, mas sem deixar de ser optimista e ambicioso.
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