Arruda dos Vinhos apresenta o maior orçamento das duas últimas décadas
Presidente do município de Arruda dos Vinhos fala num orçamento que reforça salários, respostas à comunidade e uma baixa generalizada de impostos.
O orçamento apresentado pela Câmara de Arruda dos Vinhos para 2026 é de 21,9 milhões de euros, representando a verba mais alta dos últimos 23 anos. Um documento que, para o executivo de maioria socialista, liderado por Carlos Alves, contempla uma valorização dos salários, reforço de transferências para as juntas de freguesia, reforço das prestações sociais e ainda o pacote fiscal mais baixo dos últimos anos. O documento foi aprovado por maioria com a abstenção dos vereadores do movimento Juntos por Arruda (PSD/IL/CDS).
O orçamento é “realista e de razoabilidade” não comprometendo as contas da câmara, defende Carlos Alves, notando também ser um documento de continuidade, rigor e consolidação orçamental. Segurança e ordem pública, habitação, saneamento, águas, resíduos e ambiente e cultura, desporto, recreio e lazer são as rubricas que mais aumentaram neste orçamento.
O documento inclui projectos que são, para a gestão socialista, “importantes e estruturais”, como a criação da secção descentralizada de bombeiros de Nossa Senhora da Ajuda. Há também um reforço de 200 mil euros para os Bombeiros de Arruda dos Vinhos e um milhão de euros para a educação, transporte escolar, acção social escolar, projectos como o laboratório científico escolar, a ampliação da biblioteca escolar de Arranhó e a construção de um pavilhão desportivo no Telheiro.
Ao todo serão alocados 867 mil euros para programas sociais e um milhão de euros para transportes e comunicações, com previsão de intervenção em vários pontos delicados da rede viária, em articulação com as juntas de freguesia. “Queremos melhorar o transporte entre freguesias e o transporte a pedido e até ao final de 2026 concluir a revisão do Plano Director Municipal”, afirmou o autarca.
Obras e descida no IMI e Derrama
Do novo orçamento constam também 329 mil euros para o turismo e promoção do concelho e transferências para as juntas de freguesia no valor de 2 milhões de euros. Entre as obras que o novo orçamento contempla está o aumento do parque habitacional público (4 novas fracções e projectos de execução para a escola de Alcobela); construção da rede de saneamento em baixa nas localidades de A-do-Mourão, Tesoureira, Vila Vedra e Camondes; projectos de execução das redes de saneamento em baixa na zona antiga de Arruda dos Vinhos e Largo Humberto Delgado em Cardosas e a construção de passeios e instalação semafórica de controlo de velocidade nas Corredouras. Além disso, todos os centros escolares vão receber intervenções de melhoria.
Na mesma reunião foram também aprovados, por unanimidade, os novos valores a pagar pelos moradores a título de Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), que foram fixados em 0,360, um valor abaixo dos 0,365 do ano passado. Também a taxa de IRS baixa, de 3,70% para 3,65%. A Derrama baixa de 1,5% para 1,4% para empresas que tenham mais de 150 mil euros em volume de negócios e empreguem mais de quatro trabalhadores.


