Política | 01-05-2022 10:00

Assembleia de Benavente condena ausência dos deputados do PCP na sessão com Zelensky

Assembleia de Benavente condena ausência dos deputados do PCP na sessão com Zelensky

O voto de protesto partiu dos grupos municipais do PS e PSD. A CDU votou contra mas respeitou o minuto de silêncio em homenagem às vítimas da guerra.

A Assembleia Municipal de Benavente aprovou um voto de protesto a condenar a invasão da Rússia à Ucrânia e, em simultâneo, a ausência dos deputados do PCP na sessão solene que contou com a participação do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. O documento apresentado pelos grupos municipais do PS e PSD foi aprovado por maioria reunindo os votos favoráveis de todos os eleitos, à excepção da bancada da CDU.

“Esta sessão foi a oportunidade formal de os representantes portugueses reafirmar perante o povo ucraniano que estão contra a guerra criada pela Rússia”, mas o Partido Comunista Português (PCP) “decidiu mostrar que nem todos estão contra esta invasão ausentando-se do plenário com argumentos que envergonham qualquer democracia”, lê-se no documento.

Sem dar justificações sobre o sentido de voto dos eleitos da CDU, Mário Pereira, afirmou na sua intervenção que iriam cumprir o minuto de silêncio pelas vítimas.

O voto de protesto apresentado pelo PS e PSD vai ser enviado ao Presidente da República, Primeiro Ministro, Grupos Parlamentares da Assembleia da República, Embaixada da Ucrânia em Portugal e ao Partido Comunista Português.

CDU apresentou moção contra a invasão à Ucrânia

Na mesma sessão da assembleia municipal, a coligação apresentou uma moção onde condenam a invasão à Ucrânia e defendem a via do diálogo e o cessar fogo para acabar com “o sofrimento de um povo”. O documento, aprovado com os votos favoráveis da CDU, PS, PSD e movimento independente e os votos contra do Chega, defende ainda que os possíveis crimes de guerra devem ser investigados e os criminosos levados à justiça.

Paulo Cardoso, eleito pelo Chega, fundamentou o sentido de voto contra classificando de “hipócrita” a atitude do grupo da CDU, que desta forma tentou “calar o que aconteceu no parlamento”.

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