Autárquicas 2025 | 13-10-2025 11:57
O PS recebeu mais votos, mas é o PSD quem tem mais razões para cantar vitória no distrito de Santarém

PSD fez a festa em vários pontos da região, como na capital de distrito, Santarém
O PS continua a ser a força política com mais municípios no distrito de Santarém, mas o PSD reduziu a distância e conquistou câmaras importantes como Tomar e Benavente, perdendo apenas o bastião de Mação para os socialistas. O Chega roubou o Entroncamento ao PS e aumentou também a presença em executivos camarários. Já a CDU perdeu o município que lhe restava, Benavente, e deixou de ter representação na Câmara de Coruche. Em Salvaterra de Magos, venceu a lista independente resultante da cisão entre socialistas.
O Partido Socialista teve mais votos, mais mandatos e mais presidentes de câmara eleitos no distrito de Santarém, mas não é descabido considerar que o PSD, sozinho ou em coligação, tem mais razões para cantar vitória na noite eleitoral das autárquicas, com os social-democratas a reconquistarem Tomar ao PS e a roubarem à CDU o único município que tinha, Benavente. Além disso mantiveram municípios como Santarém, Ourém, Rio Maior, Sardoal e Alcanena e reforçaram a maioria conquistada pela primeira vez há quatro anos no Cartaxo.
Para o Partido Socialista a noite foi agridoce. A conquista de Mação ao PSD - que ali governava desde 1976 - e continuar ser o partido com mais câmaras nas comunidades intermunicipais (CIM) do Médio Tejo e da Lezíria do Tejo, não faz esquecer a perda de municípios como Tomar, Entroncamento e Salvaterra de Magos, este para um movimento independente nascido de uma cisão no seio do PS. Além disso, a forte aposta em Pedro Ribeiro para tentar reconquistar Santarém ao PSD fracassou, com a agravante de os socialistas terem também perdido a União de Freguesias da Cidade, a mais populosa do distrito.
O Chega conquistou o seu primeiro município na região no Entroncamento, um resultado ‘fenomenal’ só repetido em mais dois concelhos do país, embora tenha crescido em número de vereadores eleitos, mantendo representação nos executivos em Santarém, Salvaterra de Magos e Benavente e ganhando vereadores em Abrantes, Almeirim, Constância, Cartaxo, Ourém, Tomar, Torres Novas e Vila Nova da Barquinha.
A CDU foi a grande protagonista da noite pela negativa, ao perder o município de Benavente, o último que lhe restava no distrito de Santarém, onde há três décadas tinha mais de meia dúzia. Ficou reduzida, no total, a cinco mandatos de vereadores em Benavente (2), Alpiarça (2) e Constância (1), tendo perdido a representação que tinha desde sempre na Câmara de Coruche, concelho onde perdeu também a Junta de Freguesia do Couço, histórico bastião comunista.
Destaque ainda para a vitória de dois movimentos independentes, na Golegã, com a reeleição de António Camilo, e em Salvaterra de Magos, com Helena Neves, ainda vice-presidente do município eleita pelo PS, a chegar á presidência do município.
No balanço da noite eleitoral no distrito de Santarém, o PS conquistou 10 das 21 câmaras, obtendo 33,16% dos votos. Em comparação com 2021, o PS venceu as eleições em menos dois municípios. Já o PSD fica com a presidência de oito municípios (seis em coligação com o CDS-PP), mais um do que em 2021. Os movimentos independentes ganharam dois municípios e o Chega um.
Ainda na área de abrangência de O MIRANTE, mas já no norte do distrito de Lisboa, Arruda dos Vinhos, Alenquer, Azambuja e Vila Franca de Xira mantiveram-se nas mãos do Partido Socialista.
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