Política | 07-05-2022 10:00

Comunistas de Benavente dão uma no cravo e outra na ferradura sobre guerra na Ucrânia

Eleitos cumpriram um minuto de silêncio pelas vítimas da guerra na Ucrânia

Bancada da CDU na assembleia municipal condenou invasão russa à Ucrânia mas chumbou moção em que eram criticados os deputados comunistas que se ausentaram da Assembleia da República no momento em que o presidente da Ucrânia falou ao Parlamento.

A bancada da CDU na Assembleia Municipal de Benavente deu uma no cravo e outra na ferradura durante a última sessão tendo a guerra na Ucrânia como pano de fundo. A coligação liderada pelo PCP apresentou uma moção em que condena a invasão à Ucrânia e defende a via do diálogo e o cessar fogo para acabar com “o sofrimento de um povo” usando uma linguagem sem eufemismos nem subterfúgios; mas a mesma bancada da CDU votou contra uma moção do PS e PSD igualmente a condenar a invasão da Rússia à Ucrânia em que também se criticava a ausência dos deputados do PCP no momento em que o presidente ucraniano discursou na Assembleia da República através de videoconferência.
“Esta sessão foi a oportunidade formal de os representantes portugueses reafirmarem perante o povo ucraniano que estão contra a guerra criada pela Rússia”, mas o Partido Comunista Português (PCP) “decidiu mostrar que nem todos estão contra esta invasão ausentando-se do plenário com argumentos que envergonham qualquer democracia”, lê-se na moção subscrita por PS e PSD e que acabou aprovada com os votos de todos os partidos, à excepção da CDU.
O voto de protesto apresentado pelo PS e PSD vai ser enviado ao Presidente da República, primeiro-ministro, grupos parlamentares da Assembleia da República, Embaixada da Ucrânia em Portugal e ao Partido Comunista Português. Sem dar justificações sobre o sentido de voto dos eleitos da CDU, o eleito Mário Pereira afirmou na sua intervenção que iriam cumprir o minuto de silêncio pelas vítimas.
Na mesma sessão a moção apresentada pela CDU onde se condena a invasão à Ucrânia foi também aprovada, com os votos favoráveis da CDU, PS, PSD e movimento independente e os votos contra do Chega. O texto defende também que os possíveis crimes de guerra devem ser investigados e os criminosos levados à justiça. Paulo Cardoso, eleito pelo Chega, fundamentou o sentido de voto contra classificando de “hipócrita” a atitude da bancada da CDU, que desta forma tentou “calar o que aconteceu no Parlamento”.

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