Política | 21-07-2022 06:59

Presidentes de junta queriam reforço maior da verba atribuída pela Câmara de Azambuja

Presidentes de junta queriam reforço maior da verba atribuída pela Câmara de Azambuja

Autarcas das freguesias reclamavam um aumento de 10%, mas o acordo com o município foi fechado por metade e nove meses após a tomada de posse.

Os presidentes das juntas de freguesia de Aveiras de Baixo e Aveiras de Cima, José Martins e António Torrão, respectivamente, consideram que o aumento de 5% das verbas referentes aos acordos de transferência de competências, quer dos valores relativos aos contratos interadministrativos é insuficiente para fazer face às despesas.

“Este foi o acordo possível, que com a subida da inflacção e dos preços dos combustíveis vem minimizar muito pouco”, disse a O MIRANTE José Martins (PSD), acrescentando que no documento inicial não constava a verba para a manutenção de novas infraestruturas, como o parque infantil das Virtudes.

Nas duas reuniões que realizaram com o presidente da câmara municipal, Silvino Lúcio, acerca deste assunto, os autarcas representantes das sete freguesias do concelho reclamaram um reforço da verba e 10%, rejeitado pelo município.

“Um aumento de 20% para quatro anos [5% cada ano] foi o melhor que conseguimos. Enquanto dependermos da câmara municipal temos que nos sujeitar ao que nos querem dar”, afirmou ao nosso jornal o autarca da CDU que lidera a freguesia de Aveiras de Cima.

Também a demora da apreciação desta proposta, que foi votada e aprovada na última reunião do executivo camarário, realizada a 12 de Julho, é motivo de queixa, tendo em conta que passaram nove meses desde a tomada de posse dos órgãos autárquicos.

“As freguesias mais pequenas que têm menos recursos não estão a fazer o trabalho como deve ser por falta de dinheiro”, refere José Martins, dando como exemplo a necessidade de contratar mais trabalhadores para a limpeza de ruas e corte da vegetação.

Vereadora do Chega diz que há muito que as verbas não chegam

Durante a apresentação e discussão da proposta também a vereadora do Chega, Inês Louro considerou que o aumento é diminuto, afirmando que este acordo “não vem melhorar praticamente nada face ao aumento dos custos” e que as juntas de freguesia têm vindo a trabalhar de forma “deficitária” com os valores que são transferidos. “Os presidentes de junta andam a fazer omeletes sem ovos porque há muito tempo que as verbas transferidas não chegam”, disse.

A vereadora, que foi presidente da Junta de Azambuja lembrou ainda que entregou uma proposta antes da aprovação do orçamento municipal onde propunha um aumento de verba de 20% para as juntas de freguesia.

A proposta foi aprovada com os votos favoráveis do PS e CDU (4), uma abstenção do Chega e dois votos contra do PSD, justificados com uma declaração de voto onde dizem que o seu voto é vencido por considerarem que a proposta apresentada é ilegal, uma vez que se trata de um aditamento aos contratos celebrados entre executivos da câmara municipal e juntas de freguesia extintos. A proposta tem ainda que ser sujeita a apreciação da Assembleia Municipal de Azambuja.

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