Política | 06-08-2022 06:59

Vai nascer um espaço de eleição junto ao rio Nabão em Tomar

Zona do Flecheiro vai ser transformada num novo espaço de lazer

A requalificação de uma das margens do rio Nabão, na zona do Flecheiro, é uma das grandes obras do município de Tomar no actual mandato autárquico, presidido por Anabela Freitas. Vão ser gastos três milhões de euros para criar uma zona verde e aproximar as pessoas do rio.

O executivo da Câmara de Tomar aprovou por unanimidade o projecto que visa requalificar a zona do Flecheiro e fazer nascer um espaço verde onde as pessoas possam aproveitar o Nabão, rio que atravessa a cidade. O prazo de execução da obra é de nove meses e o seu custo total é estimado em três milhões de euros. Desses três milhões, dois vão ser financiados por fundos comunitários europeus, cabendo ao município investir a restante quantia.
Hugo Cristóvão, vice-presidente da autarquia, explicou na última sessão camarária que vai ser criada uma grande bacia de escoamento de águas, uma vez que o rio Nabão é um dos que corre mais risco de ocorrência de cheias rápidas. Por isso vai existir um grande movimento de terras durante a obra para construir uma bolsa de água, uma das razões para não ser possível realizar construção naquela zona. “Não pode haver entraves à circulação da água e por isso não pode haver edificação. Mesmo a existência de árvores tem de ser condicionada”, explicou. O autarca referiu que mais tarde pode vir a ser construído um parque infantil ou outro equipamento de lazer, mas para já essas valências ainda não estão em cima da mesa.
O vice-presidente não tem dúvidas de que a empreitada naquela margem do rio vai “mudar a face” da cidade a vários níveis. “Não se podia perder esta oportunidade. Se calhar com mais dois ou três anos podia-se trabalhar em algo mais perfeito, mas é o possível. Este possível é muito bom, porque vai permitir que toda aquela zona passe a ser a zona verde e a zona ribeirinha que Tomar e os tomarenses merecem”, sublinhou.
Recorde-se que na zona do Flecheiro chegaram a viver mais de 250 pessoas em barracas. Na última década a autarquia tem vindo a realojar os cidadãos em habitações sociais. A obra não avançou mais cedo, referiu Hugo Cristóvão, porque faltava realojar cerca de quatro dezenas de pessoas que ainda residiam no Flecheiro.
Tiago Carrão, vereador do PSD, criticou o facto de não ter havido envolvimento da comunidade em termos de contributos e ideias para o projecto. O autarca acrescentou que 20 dias de concurso é pouco tempo para as empresas construtoras analisarem e apresentarem uma proposta. Anabela Freitas, presidente do município, explicou que o prazo curto pretende impedir que o início da obra “derrape” no tempo, salientando que tem existido “manifestação de interesse” de algumas empresas. A autarca recordou ainda que a obra não vai parar durante a Festas dos Tabuleiros, marcada para Julho de 2023.

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