Saúde | 29-10-2020 11:06

AVC é uma das principais causas de morte em Portugal

AVC é uma das principais causas de morte em Portugal

A organização mundial de saúde estima que a doença cerebrovascular permaneça entre as quatro principais causas de mortalidade até ao ano de 2030. Hoje, 29 de Outubro, assinala-se o dia mundial do AVC.

O Acidente Vascular Cerebral pode ser de dois tipos: isquêmico (acontece cerca de 85% das vezes), quando o fluxo de sangue num vaso é interrompido por um trombo, por exemplo, ou hemorrágico (é mais raro), que significa que há uma hemorragia cerebral.

O acidente pode ainda ser denominado de Acidente Isquémico Transitório (AIT) quando dura apenas alguns minutos ou algumas horas, ou seja, os sintomas são idênticos aos de um AVC, mas são reversíveis, sendo que os efeitos neurológicos desaparecem ao fim de pouco tempo. Cerca de 10 a 15% das pessoas que sofreram este episódio, no entanto, acabam por sofrer um AVC completo nos três meses seguintes, sendo muito importante consultar um médico após sofrer um AIT.

Número de pessoas que a doença afecta em Portugal

O AVC continua a ser uma das principais causas de morte em Portugal e, relativamente ao conjunto das doenças Cerebrocardiovasculares, é a principal causa de morbilidade e perda de potenciais anos de vida. O AVC causa 11 mil mortes por ano em Portugal, tendo a Via Verde do INEM encaminhado uma média de 13 casos por dia de Acidente Vascular Cerebral para a Via Verde do AVC, com um total de 3.982 casos registados e encaminhados para os hospitais desde o início do ano até 28 de Outubro. Mais de 42% dos casos de AVC ocorreram nos distritos do Porto e Lisboa.

Estilo de vida para prevenir o AVC

A actividade física, mesmo que sejam apenas 30 minutos por dia, ajuda no combate à diabetes, à tensão arterial e aos níveis de gordura no sangue, que aumentam a probabilidade de AVC. É ainda importante manter uma dieta saudável que seja pobre em gorduras saturadas e rica em gorduras insaturadas. Por isso, devemos manter-nos mais afastados de alimentos como a carne vermelha e a manteiga. O mais importante é ter uma dieta variada e controlada e manter um bom nível de hidratação, evitando fumar e o consumo de álcool.

Quando o AVC não tem uma resposta à altura

As primeiras horas após o início dos sintomas de AVC são cruciais; as oportunidades para o tratamento bem sucedido podem durar apenas cerca de 4 horas. Em causa está a possibilidade de injectar na veia uma substância que “desentope” a artéria cerebral ou a realização de um cateterismo. Quando bem-sucedidos, estes tratamentos aumentam a hipótese de a pessoa sair com poucas ou nenhumas sequelas em 30 a 50%.

A Pandemia como factor de risco

A situação de pandemia que se vive em todo o mundo tem prejudicado o atendimento a doentes com AVC, mas também tem afastado muitos doentes que têm receio de procurar os serviços de saúde.

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