Saúde | 07-05-2023 07:00

60% da população da Chamusca não tem médico de família

60% da população da Chamusca não tem médico de família
Vereadora Cláudia Moreira e o presidente da Câmara da Chamusca, Paulo Queimado, revelaram que mais de metade dos utentes não tem médico atribuído

Medidas de incentivos à fixação de médicos no concelho da Chamusca não têm resultado. Unidade de saúde só tem dois médicos de família para um universo de mais de 8.600 utentes.

Dos 8.648 utentes inscritos na Unidade de Saúde Familiar (USF) da Chamusca mais de 5.100 não tem médico de família atribuído. Os números revelam que cerca de 60% da população não tem acesso a cuidados de saúde adequados. A informação foi partilhada em reunião de executivo pela vereadora Cláudia Moreira (PS), e confirmada pelo presidente da câmara, Paulo Queimado (PS), durante a última sessão de assembleia municipal, depois de questionado pela oposição. O autarca socialista acrescentou que existem apenas dois médicos de família a garantir a resposta à população, dificuldades que têm sido partilhadas com o Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) da Lezíria. “As dificuldades são muitas, os concursos abertos não têm colocação”, acrescentou. No dia 27 de Abril, quinta-feira, realizou-se uma iniciativa que envolveu a visita de profissionais de saúde à empreitada de construção do novo centro de saúde e a apresentação do protocolo de incentivos à fixação de médicos.
O protocolo visa atribuir cerca de 130 mil euros para fixar médicos e equipas na USF do concelho. O protocolo, a vigorar por dois anos, pretende servir de “motivação” para que a unidade, actualmente do modelo A, possa evoluir para o modelo B, garantindo que os utentes possam ter acesso a médico de família e que as extensões das várias freguesias do concelho se mantenham todas em funcionamento. Alguns profissionais de saúde da USF já assinaram o protocolo, comprometendo-se a manter o vínculo durante os próximos 24 meses, não podendo requerer mobilidade para outras unidades ou serviços nos dois anos subsequentes.
A situação vivida nos últimos anos na Chamusca tem sido desesperante, sobretudo para a população mais idosa e que vive mais afastada da sede de concelho. Como O MIRANTE tem vindo a noticiar, muitas vezes os utentes têm que esperar 12 horas sem poderem abandonar o edifício para serem atendidos. Também têm existido muitas dificuldades para conseguirem receitas médicas para tratarem dos seus problemas de saúde. A falta de médicos no concelho da Chamusca têm tido repercussões mais graves nas freguesias de Ulme, Carregueira, Vale de Cavalos e Parreira, onde estão extensões de saúde sempre, ou quase sempre, sem médico.

Mais Notícias

    A carregar...
    Logo: Mirante TV
    mais vídeos
    mais fotogalerias

    Edição Semanal

    Edição nº 1694
    11-12-2024
    Capa Vale Tejo
    Edição nº 1694
    11-12-2024
    Capa Lezíria/Médio Tejo