Pandemia agravou situações de violência e maus-tratos
Centro Hospitalar do Médio Tejo promoveu uma iniciativa que debateu sobre os efeitos da pandemia nas questões da violência e maus-tratos a crianças, jovens e adultos.
O Centro Hospitalar do Médio Tejo organizou na sexta-feira, 28 de Abril, o sexto encontro do Núcleo Hospitalar de Apoio à Criança e Jovem em Risco (NHACJR) e o primeiro encontro NHACJR e Equipa de Prevenção de Violência em Adultos (EPVA). “Reflexos da Pandemia” foi o mote para um alargado debate científico sobre os efeitos da pandemia nas questões da violência e maus-tratos a crianças, jovens e adultos. Contou com a presença de diversos especialistas do CHMT, bem como de especialistas externos à instituição.
As temáticas abordadas foram muito variadas e centradas na actualidade: maus-tratos em crianças e jovens, crime público e violência interpessoal, abordagem ao plano nacional de prevenção da violência interpessoal, saúde mental – outra face da pandemia e violência intrafamiliar em tempos de pandemia. “Após a pandemia foi possível percepcionar o agravamento e o aumento do número de casos. Assim, o NHACJR tomou a convicção de que a dinâmica e a mudança das condições familiares e a privação de contato pela alteração das rotinas vieram agudizar situações de maus-tratos que possivelmente já eram latentes e que se passaram a manifestar de forma notória”, refere Joana Duque, membro do NHACJR. “Por força da pandemia houve alguns contextos familiares que tiveram um agravamento de tudo aquilo que era a condição das vítimas, sobretudo associado ao confinamento. Ao qual se associou um grande aumento do número de casos de violência e maus-tratos”, diz Teresa Batista, membro da EPVA.
As equipas multidisciplinares, embora em faixas etárias diferenciadas, trabalham para a mesma finalidade: procurar identificar, direccionar e dar resposta às necessidades das crianças e dos adultos que possam estar em risco.