ULS Médio Tejo apresenta plano de acção para responder aos desafios de saúde na região
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Plano Local de Saúde do Médio Tejo foi apresentado numa conferência de imprensa realizada no Convento de S. Francisco, em Tomar. Cancro, doenças cerebrovasculares, suicídio e acidentes de viação são os cinco maiores problemas da região.
A Unidade Local de Saúde (ULS) do Médio Tejo prevê implementar de forma gradual o plano 2024-2030 apresentado na terça-feira, 18 de Fevereiro, para dar resposta aos principais desafios de saúde identificados e priorizados na região. De acordo com a ULS do Médio Tejo, o Plano Local de Saúde 2024-2030 (PLS 2024-30) define estratégias inovadoras, focadas nos principais desafios de saúde identificados e priorizados. O cancro da traqueia, brônquios e pulmão, as doenças cerebrovasculares, o cancro de mama, o suicídio e os acidentes de viação são, segundo a ULS, os cinco maiores problemas da região.
Nesse sentido, o PLS 2024-2030 prevê a definição de planos de acção específicos, que vão envolver a promoção da saúde, a prevenção da doença, o tratamento e reabilitação e, também, a investigação, indica em comunicado a ULS Médio Tejo, que abrange 11 municípios e cerca de 170 mil pessoas. “Este plano estratégico, […] o primeiro a ser aprovado em toda a região de Lisboa e Vale do Tejo após a reforma organizacional do SNS [Serviço Nacional de Saúde] de 2024, tem como objectivos orientar a acção e apoiar a tomada de decisão no sector da saúde, com base nos princípios da colaboração, parceria e intersectorialidade”, refere o presidente do conselho de administração da ULS, Casimiro Ramos, citado na nota. O plano, acrescenta o responsável, não é apenas um conjunto de intenções, mas sim um compromisso com resultados concretos e mensuráveis a curto e médio prazo. “Traçámos indicadores claros e transparentes para avaliar o impacto das acções que serão implementadas. Só assim garantimos que o plano vai fazer a diferença na vida das pessoas", declara o gestor, salientando o envolvimento da comunidade na elaboração do projecto, porque “a saúde é um direito de todos e uma responsabilidade de todos”.
Paulo Luís, porta-voz do Grupo de Trabalho da Unidade de Saúde Pública (USP) da ULS Médio Tejo, entidade responsável pela elaboração do PLS 2024-30, destaca que o plano é um ponto de partida e não um destino final, sendo importante “aprender, ajustar e melhorar qualquer uma das estratégias”, para garantir que o plano tem o maior impacto possível na saúde e bem-estar da população do Médio Tejo. Assim, assegura Paulo Luís, há o compromisso de “monitorizar e adaptar o plano, sempre que necessário, para responder às necessidades da comunidade e às novas evidências científicas”. O porta-voz reforçou a necessidade de um trabalho conjunto para que surjam medidas que possam ser executadas no terreno. “Sozinhos, a Unidade Local de Saúde não consegue, os municípios não conseguem, os parceiros não conseguem. Por isso é muito importante que na elaboração do plano todos tenham participado”, afirmou.