Saúde | 04-08-2025 14:52

Utentes do Estuário do Tejo denunciam agravamento da saúde um ano após promessas do Governo

medico medicina
foto ilustrativa - foto Unsplash

Um ano depois da promessa do Governo de melhorias na saúde no Estuário do Tejo, utentes denunciam o agravamento da situação e apelam à mobilização da população. Falta de médicos, instalações degradadas e tempos de espera muito longos são algumas das situações reportadas.

As Organizações de Utentes do Estuário do Tejo apelam à população para que não se resigne perante o que consideram ser uma avalanche de medidas e acontecimentos negativos que afectam gravemente as unidades de saúde da região.
No dia 26 de Julho de 2024, uma delegação destes representantes deslocou-se ao Gabinete do Primeiro-Ministro, onde entregou uma moção e um abaixo-assinado subscrito por milhares de pessoas. O documento denunciava a situação crítica vivida nas unidades de saúde da região e apresentava propostas viáveis e urgentes para a sua resolução. A comitiva foi recebida pela assessora Eugénia Gamboa, que garantiu, na altura, que em Julho de 2025 a situação estaria “muito diferente para melhor”.
Passado um ano, os utentes afirmam que a situação se agravou. O número de pessoas sem médico de família aumentou, a escassez de clínicos mantém-se, as condições das instalações continuam deficitárias em várias localidades e os serviços degradaram-se, com tempos de espera para consultas e exames incompatíveis com a legislação em vigor.
O atendimento por vídeo-conferência, que poderia ser adequado em certas circunstâncias, mostra-se desajustado noutras, sobretudo em contextos de maior vulnerabilidade. Segundo as organizações, as urgências nos centros de saúde passaram a depender de uma triagem prévia pela linha Saúde 24, resultando em tempos de espera incompatíveis com situações emergentes. Nas urgências hospitalares, persistem os encerramentos nas especialidades de pediatria e obstetrícia.
Apesar deste cenário, as organizações reconhecem alguns avanços pontuais, como a reposição do quadro de médicos na USF de Vialonga — embora subsistam cerca de 2.500 utentes sem médico de família naquela freguesia —, a melhoria da oferta de saúde oral em algumas unidades e a contratação de profissionais de saúde, ainda assim insuficientes face às necessidades crescentes da população.

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