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Funerais são negócio pouco claro

Associação de defesa do consumidor quer uniformizar sector

As agências funerárias devem ser obrigadas por lei a apresentar orçamentos discriminados e por escrito sobre os serviços a prestar, de acordo com a associação de consumidores Deco, que apresentou esta semana uma investigação sobre estas empresas.

Para a Deco, o orçamento em “impresso padronizado” permite verificar se o serviço prestado corresponde ao contratado e evitar a alteração de preços depois de realizado o funeral. A exigência de que a necessidade de um orçamento integre a lei sobre as agências funerárias, criada em 2001, foi apresentada pela associação na sequência de um estudo do sector em que se conclui que estas empresas desenvolvem ainda um “negócio pouco claro”.Jorge Morgado, vice-presidente da Deco, adiantou que a Associação tem recebido muitas queixas sobre agências funerárias que alteram o preço dos funerais depois da sua realização. Para contrariar os “negócios pouco transparentes” destas empresas, a Deco quer também que as características das urnas sejam uniformizadas de forma aos clientes poderem comparar preços e que haja maior fiscalização no sector.Uniformizar o preço das taxas de enterro é outra reivindicação da Associação de defesa dos consumidores, dado que essas taxas variam entre os dez e os 150 euros, conforme se tratem de grandes ou pequenos cemitérios. No decorrer do seu trabalho, a Deco constatou que um terço das 97 agências que visitou se recusou a mostrar a urna, a maioria não apresentou informações detalhadas sobre o preço e houve alguns casos de empresas que pressionaram as famílias para garantir a realização do funeral.O estudo elaborado pela associação, que será publicado na revista Pro Teste de Novembro, segue-se a um outro realizado em 1996, altura em que não havia legislação sobre o sector.

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