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Uma prenda de anos para o concelho da Chamusca

Arlindo Correia & Filhos ergueu a nova Cerâmica Ulmense

Todos os anos, desde há cerca de duas décadas, que Arlindo Correia, proprietário do Grupo Arlindo Correia & Filhos, S.A. (construção civil e obras públicas) cria uma nova empresa, adquire novos meios de transporte ou melhora a capacidade produtiva de uma fábrica no dia do seu aniversário, 23 de Outubro.

Em 2002 a novidade constitui, para este grupo sediado em Braga, a Cerâmica Ulmense, inaugurada no passado dia 23 deste mês e que vem substituir a antiga fábrica com o mesmo nome.A oportunidade surgiu quando o grupo negociou um terreno para a construção de edifícios para habitação na Golegã. Arlindo Correia explica que sendo o tijolo a matéria essencial para o sector da construção o seu filho, Domingos Correia, “foi à procura” da matéria prima tendo-a encontrado na Cerâmica Ulmense.O certo é que a Arlindo Correia & Filhos comprou a antiga fábrica, que passava por algumas dificuldades, transformando-a numa moderna unidade industrial. Segundo explica investiu-se fortemente em máquinas para que as necessidades do grupo e dos restantes clientes possam ser satisfeitas, o que se consegue com uma capacidade de produção diária de 60 mil tijolos, quando esse valor era anteriormente conseguido em apenas um mês. “Vamos ter uma boa saída de tijolo. Esta semana temos já uma encomenda de um milhão e meio de tijolos para uma obra em Lisboa e o nosso grupo e outros clientes do norte garantirão bastantes vezes mais essa quantidade” revela o empresário.Uma das condições que fez a administração da empresa apostar forte em Ulme foi a existência de barro nos terrenos em volta da fábrica. “Verificámos que há aqui espécies de barro, com filões e que é bastante satisfatório para o nosso negócio” garante o responsável. Com cinco mil metros quadrados em área coberta (produção, escritórios e refeitório) e outros cinco mil metros quadrados de área descoberta, a Cerâmica Ulmense irá laborar com apenas 14 trabalhadores. Alguns ex-funcionários da cerâmica ficam encarregados das limpezas e de pequenas tarefas, além de se realizar a preparação das palettes com o tijolo e as cargas para o transporte. Se tudo correr bem, Arlindo Correia pensa estender o processo de mecanização até à carga dos veículos.A produção irá funcionar 24 sobre 24 horas, continuamente aos sábados e domingos. “A fábrica está toda automatizada e, no fim de semana, basta que fiquem duas pessoas a verificar os computadores para prevenir qualquer coisa que possa acontecer, porque toda a parte de produção funciona de forma autónoma” refere o empresário.Mesmo tendo em consideração uma situação de alguma crise económico-financeira Arlindo Correia diz que esse factor nunca foi inibidor para a realização deste investimento, destacando já ter passado “por seis crises durante a minha vida profissional na construção civil, uma delas a de 1974 que foi bastante pesada, e não seria esta que me ia assustar” garante.Dar resposta ao mercado na base da qualidade do tijolo até à sua própria aplicação em obra é o grande objectivo da gerência, reforçando a ideia de que a Cerâmica Ulmense será mesmo uma das fábricas mais modernas a nível europeu dentro do sector da produção de tijolo. As 60 mil unidades/dia são o limite da produção de tijolo nas medidas de sete, onze ou vinte milímetros. Para aumentar esta capacidade será necessário aumentar também as linhas dos vagões para dar mais andamento a todo o processo e reforçar o forno.Prevendo o dia de amanhã a administração da Cerâmica Ulmense já contactou o presidente da Câmara da Chamusca para o caso da empresa, um dia mais tarde, necessitar de expandir a sua capacidade de produção. “Disse-nos que não haveria problemas nesse aspecto” revela Arlindo Correia, que entretanto já adquiriu mais de vinte mil metros quadrados de terreno para uma possível ampliação.

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