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Chumbo grosso

Propostas do PCP para alteração ao PIDDAC todas rejeitadas pela maioria

O montante destinado ao investimento do Estado para o distrito de Santarém em 2003 agrada a gregos mas desagrada a troianos. Os gregos, neste caso, os social-democratas, que estão no Governo coligados com o CDS/PP. Os troianos, nesta edição de O MIRANTE, são os comunistas. A seguir ficam as razões de uns e de outros.

A história voltou a repetir-se, para azar do PCP. As propostas de alteração à versão preliminar do Plano de Investimento de Despesas para o Desenvolvimento da Administração Central (PIDDAC) apresentadas pelos comunistas foram mais uma vez chumbadas pela maioria parlamentar PSD/CDS, em alguns casos com a ajuda do PS.A deputada do PCP eleita pelo distrito de Santarém, Luísa Mesquita, não ficou surpreendida com o desfecho mas nem por isso ficou mais satisfeita com o resultado final da votação na comissão parlamentar de Economia. Em causa ficam obras que há muito constituem bandeiras dos comunistas, nomeadamente no sul do distrito.Entre elas estão projectos como a construção de uma unidade de saúde na zona do Sorraia ou eixos rodoviários há muito previstos, casos do IC 3 e do IC 10. Mas também há queixas a norte, com a ausência de verbas para vias como o IC 9 entre Abrantes e Ponte de Sôr ou a variante à EN 3 em Santarém.Na longa lista de projectos rejeitados pela maioria figuram ainda as escolas do segundo e terceiro ciclo de Amiais de Baixo e de Vale de Santarém e a construção do pavilhão da EB 2/3 D. João II, em Santarém, que inclusivamente já tinha visto do Tribunal de Contas.Ainda no capítulo da educação, vão ter que aguardar melhores dias a construção da Escola Básica1/2 de Alcobertas (Rio Maior) e a ampliação da Escola Secundária de Benavente.Na saúde são também muitos os projectos adiados para outra ocasião, porventura quando os cofres do Estado estiverem mais recheados. Só em Santarém ficam protelados a extensão de saúde de São Nicolau, o centro de saúde da cidade e a extensão de saúde de Pernes. Todos projectos que Luísa Mesquita diz serem prioritários mesmo para a Administração Regional de Saúde. Somam-se ainda negas para o projecto do centro de saúde de Abrantes e para as extensões de saúde de Asseiceira (Rio Maior) e do Entroncamento.De fora do orçamento ficaram também verbas para a Biblioteca Municipal do Entroncamento, para a Pousada de Juventude de Almeirim, para os novos quartéis de bombeiros de Salvaterra de Magos, Abrantes, para a ampliação do de Santa Margarida (Constância) e para a construção do núcleo escolar de Santarém da Escola de Hotelaria de Lisboa. O mesmo se aplica à construção de uma creche e de um lar de idosos em Alpiarça, às novas travessias sobre o Tejo em Tramagal e Constância ou à nova ponte sobre o Sorraia entre Couço e Santa Justa. Projectos há muito falados e que, dada a ausência de verbas, levam a deputada a afirmar que “o PIDDAC continua a discriminar claramente o interior do país”.Mesmo as verbas incluídas no PIDDAC para 2003 relativas à construção dos quartéis da GNR de Pernes e Alpiarça ou da esquadra da PSP de Abrantes ficaram muito aquém do que pretendia o PCP, que sugeria uma dotação de 250 mil euros para cada projecto. Nesses casos vingaram as propostas de alteração apresentadas pelo PSD, no valor de 50 mil euros (10 mil contos). Montantes esses que os comunistas consideram simbólicos e que, na sua perspectiva, só darão para montar o estaleiro das obras.

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