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"Hoje é o Dia" é o nome do álbum lançado pelo grupo "Bizarros do Marquês"

Bizarros do Marquês lançam primeiro CD

Grupo de Torres Novas concretiza sonho de vinte anos

Há 20 anos seis amigos juntaram o gosto pela música, pegaram em alguns instrumentos e começaram a tocar em bailes e festas. Na altura tinham 16,17 anos. Duas décadas depois, mais maduros e já com dois elementos substituídos, concretizam um sonho – lançar um CD. Da sua primeira experiência o grupo de Torres Novas espera tudo...e nada. Chamam-se Bizarros do Marquês e o disco, esse, deverá passar nas rádios ainda este mês.

Hoje não é certamente o dia esperado pelo grupo torrejano de pop/rock Bizarros do Marquês para abrir o champanhe, esse acontecerá algures no início de Janeiro de 2003. Mas “Hoje é o dia” dá nome ao álbum, àquele que os seis elementos deram o corpo. Carlos, Luís, Rui, Bernardo, Jôquim e Tiago agarraram este projecto há dois anos. “Estávamos à espera que o Tiago crescesse”, diz Jôquim a brincar, olhando para o “puto” mais novo da banda, agora com 22 anos.Quando falam do CD os olhos dos seis elementos iluminam-se e as mãos falam quase tanto como os lábios. É nestes pormenores que se manifesta o “nervoso miudinho” da banda, a menos de um mês de ver o CD nos escaparates das discotecas.Há dois anos que o ritual é o mesmo. Duas a três vezes por semana encontram-se no pequeno barracão do Rui, na periferia de Torres Novas e dão asas à imaginação. Desse voo nasceram 19 canções, escritas quase sempre pela mão do Jôquim, o vocalista e “fala barato” do grupo.Foi o horizonte que se avista da sala de ensaio que “deu” o nome do grupo – Bizarros do Marquês. Mesmo em frente – “a 200 metros em linha recta”, avista-se o imponente edifício da quinta do Marquês, nome que decidiram adoptar. “E como nós, ao Marquês, somos estranhos, ou seja, bizarros, passamos a ser os Bizarros do Marquês”, diz Carlos enquanto vai dedilhando a sua guitarra.Com 19 músicas na mão, o grupo bateu a muitas portas até que uma – a da editora Sons do Sol – acabou por se abrir de par em par. E se nove das 19 canções ficaram na gaveta, dez estão prontas a ser ouvidas por Portugal e em português. “Somos portugueses, as nossas letras têm de ser portuguesas”, referem os elementos do grupo. Um patriotismo também presente no cachecol vermelho e branco exposto na ressaca de um derby futebolístico lisboeta...O marketing da banda está a cargo da editora, que escolheu também um nome forte do panorama musical nacional para produzir o CD. Ernesto Leite, teclista de Luís Represas, é considerado pelo grupo como uma mais-valia assinalável e um amigo incondicional.Fazer um CD não é projecto barato. Sem abrir o jogo a banda diz que pode ir dos 15 mil aos 50 mil euros (três a dez mil contos), mas mais que o dinheiro é sobretudo o tempo e o empenho das pessoas que conta.Apesar de haver uma forte expectativa sobre a aceitação do CD por parte do público, a banda não irá acabar se as coisas não correrem de feição. “Este trabalho resulta de uma persistência de 20 anos de união e a união irá manter-se sempre, independentemente do alcance que o CD vier a obter”, garantem os Bizarros do Marquês.Demoraram duas décadas a “encontrarem-se” e apostam em pelos menos mais duas décadas de carreira. “Seja ela alta, média ou baixa”. Para já a editora vai pô-los na mó de cima. O contrato estabelecido prevê a passagem do CD em mais de 200 rádios nacionais e a presença dos Bizarros do Marquês em vários programas televisivos.“Por agora tenho amigos/não me deixam naufragar/Esperança, temos tido/E o desejo é navegar”, diz uma das músicas que compõem o disco. Esperamos que os torrejanos Bizarros do Marquês consigam mesmo navegar no panorama musical português. Margarida Cabeleira
"Hoje é o Dia" é o nome do álbum lançado pelo grupo "Bizarros do Marquês"

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