A Câmara Municipal de Tomar decidiu não levar a hasta pública o Mercedes Benz oferecido em 1973 ao presidente da autarquia da altura, Manuel Machado, por um grupo de construtores civis de Tomar radicados em Lisboa. O automóvel fazia parte de um lote de veículos em fim de vida que foram vendidos na última sexta-feira, dia 6. O Mercedes foi “cobiçado” por alguns familiares de Manuel Machado (que ofereceram cerca de 500 euros) mas a autarquia decidiu, à posteriori, recuar em relação à venda da relíquia. O automóvel irá ser recuperado e ficará em instalações camarárias, saindo apenas para eventos especiais. O presidente da autarquia tomou a decisão de não vender o automóvel por uma questão de respeito pelo passado. “Não faz sentido a câmara ir vender um carro, ainda por cima com uma forte carga simbólica, que foi oferecido à autarquia”.António Paiva pretende agora que o Mercedes Benz seja classificado como automóvel antigo e, quem sabe, um dia fazer parte do espólio de um museu de automóveis antigos, lado a lado com os velhinhos carros de bombeiros que se encontram ainda guardados em instalações camarárias.