Portugal e Espanha são os países da União Europeia (UE) onde é mais elevada a percentagem de pessoas que afirmam não estar interessadas na aprendizagem, com 50 e 47 por cento respectivamente, foi divulgado em Bruxelas.Segundo o último inquérito do Eurobarómetro sobre a aprendizagem ao longo da vida (entre 15 de Janeiro e 28 de Fevereiro deste ano, na UE, Noruega e Islândia), mais de um terço dos cidadãos europeus (em média) não participa actualmente em qualquer forma de ensino ou formação.Um em cada dezena de cidadãos europeus revelou não ter vontade de aprender, sendo a falta de tempo e os problemas financeiros maioritariamente apresentados como obstáculos à aprendizagem ao longo da vida.Em Portugal, e na Grécia, apenas dois em cada dez cidadãos revelaram ter participado em actividades de aprendizagem em 2002.Globalmente, nove em dez europeus consideram importante a aprendizagem ao longo da vida e oito em cada dezena entendem que ela permite alcançar objectivos económicos e sociais.Em matéria de aptidões e competências para progredir na Europa do conhecimento, a grande maioria dos europeus considera dispor das primeiras (leitura, escrita, cálculo) e necessitar de mais relativamente às segundas (tecnologias de informação e comunicação, línguas estrangeiras, aptidões sociais).No conjunto, só 58 por cento dos entrevistados disseram saber utilizar um computador - enquanto em Portugal, e na Grécia, dois terços disseram não o saber fazer.Enquanto 50 por cento dos europeus referiram não saber usar a Internet, 60 por cento disseram não saber falar em línguas estrangeiras - percentagem que chega quase aos 70 por cento no caso da Espanha, Irlanda e Reino Unido.Lusa