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A guerra da água

A guerra da água

Na última Assembleia Municipal de Almeirim, na quarta-feira, 30 de Abril, abriu-se a torneira de uma nova guerra. A guerra da água. A meio da sessão, o deputado municipal do PSD, Aquilino Fidalgo, abriu a mala e pôs em cima da mesa, para ser claramente vista, uma garrafa cheia de água turva. Segundo ele, o líquido acastanhado tinha sido retirado da rede pública na localidade de Paço dos Negros, onde reside. O autarca lançou-se num ataque feroz ao serviço prestado pela autarquia ao nível do abastecimento de água e convidou os restantes membros da assembleia a verem de perto a cor da água que lhes chega a casa. Ou porque a garrafa fosse grande e bem visível ou por medo de qualquer tipo de contaminação, os convidados optaram por não se aproximar. E o objecto esteve três horas em exposição.O presidente da autarquia, o socialista José Sousa Gomes, ainda deu um ar da sua graça dizendo que se calhar a água tinha sido retirada numa altura em que possivelmente ocorreu uma ruptura. Mas reconheceu que o executivo camarário também não está satisfeito com o fornecimento de água à povoação e por isso está a ser feita a substituição das condutas. Mas o edil foi mais longe. Como deve ter visto o jornalista de O MIRANTE muito interessado na cor do líquido, mandou entregar-lhe, no dia seguinte, uma garrafa de água, perfeitamente incolor, como mandam as regras, com um cartão muito simpático convidando o repórter a provar a verdadeira água de Paço dos Negros. Aqui na redacção há quem já esteja a torcer por uma polémica sobre a qualidade do vinho. Quanto ao deputado municipal, só lhe resta ir abastecer-se à famosa fonte de Vale de Medeiros, lá em Paço dos Negros. Há quem garanta que a água de lá é melhor que a do Caramulo.
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